O tenente Marcelo Queiroz explica que, a partir do relatório, o MP terá elementos para determinar interdição parcial ou completa de cada uma delas. “Os promotores irão avaliar se é o caso de fechá-las para iniciar processo de recuperação. São igrejas do século 18 e caso não haja intervenção imediata, ficarão apenas como imagens nas fotos.”
A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição está com o beiral da entrada danificado e sob risco de queda. Na parte interna, há partes podres devido à infiltração e falta de manutenção. A pia batismal está com o móvel de sustentação apodrecido. No fim de semana, a matriz foi parcialmente interditada.
Os pisos da Igreja de Santana do Arraial Velho apodreceram e há rachaduras. É necessário um processo urgente de manutenção. Um dos pontos turísticos mais procurados no município, a Igreja Nossa Senhora do Ó também apresenta risco para visitantes. “Há sinais de abalo”, diz. O beiral cedeu e parte do piso foi arrancada. Interditada desde o ano passado, a Capela Bom Jesus segue com telhado ameaçado de desabamento.
Em Ravena, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção foi tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha). As obras de recuperação tiveram início, mas foram interrompidas. “É a situação mais crítica. Temos um alagamento no sopé da igreja. Também há rachaduras grandes nas paredes e o arco central precisou ser escorado. Muitos adornos estão apodrecidos”, afirma o tenente.
A promotora responsável pela defesa do patrimônio histórico de Sabará, Marise Álves da Silva, solicitou perícia nas igrejas e em outros bens do patrimônio em estágio de degradação, como o Teatro Municipal e o casarão que é sede da prefeitura. Na opinião dela, o Iepha e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) devem liderar o processo de recuperação dos bens culturais do município..