A investigação apurou que os denunciados, entre eles donos de autoescola, candidatos e um servidor público, auxiliaram para a emissão fraudulenta de dezenas de carteiras de habilitação, entre 2011 e 2012. De acordo com promotor de Justiça Mário Antônio Conceição, coordenador do Gaeco-Varginha, os candidatos interessados em obter a carteira ou mudar de categoria pagavam propina aos donos de algumas autoescolas e o dinheiro era dividido com o servidor público denunciado.
As investigações apontaram que o servidor público, além de trabalhar na Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Varginha, também exercia a função de examinador de trânsito na Ciretran de Três Corações, onde os candidatos foram, fraudulentamente, aprovados. Foi apurado que os candidatos que obtiveram a carteira por esse meio sequer compareceram à cidade para se submeter aos exames de legislação ou de direção.
“Foi um trabalho muito intenso até chegarmos neste grupo. Agora temos os nomes de todos eles e provas da participação de cada um no esquema. Não podemos apontar o valor de quanto eles cobravam para o trabalho, pois eram preços variados.
O Ministério Público informou que vai exigir a fixação de uma multa e o imediato afastamento do servidores acusados de participar do esquema, pelo menos até o final do processo, com o objetivo de evitar a repetição da conduta e resguardar a respeitabilidade da instituição..