Será levado para o Centro Socioeducativo de Juiz de Fora, na Região da Zona Mata, na noite desta quinta-feira, um adolescente de 15 anos suspeito de matar um homem de 34 anos. Os dois se conheceram por meio das redes sociais e marcaram um encontro nessa quarta-feira. No apartamento da vítima, o garoto retirou uma faca da mochila e desferiu diversos golpes no colega. Luvas descartáveis e uma máscara foram encontradas na bolsa do menor. Ele vai responder por ato infracional análogo a homicídio doloso.

O crime aconteceu na tarde dessa quarta-feira. De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), o adolescente contou que marcou um encontro pela Internet com o homem, identificado como Rodrigo Dias Cantarutti Dantas. Os dois se encontraram em uma rua próxima ao apartamento da vítima e depois seguiram até o imóvel.

Conforme a polícia, os dois trocaram carícias, mas o menor acabou se arrependendo do encontro e foi ao banheiro. Quando saiu, segundo relatos do menor aos policiais, avistou o homem de cueca e tentando continuar a relação. Neste momento, o adolescente pegou uma faca, que ele levou em uma mochila, e desferiu um golpe no pescoço da vítima. Em seguida, deu pelo menos mais duas facadas.

Rodrigo saiu do imóvel pedindo socorro e caiu no corredor. Vizinhos ouviram os gritos e conseguiram deter o garoto. A PM foi chamada e encontrou a faca usada no crime, luvas descartáveis e uma máscara do personagem Jason.

O adolescente foi apresentado ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) na tarde desta quinta-feira e a Justiça decidiu por sua internação. “Ele vai responder por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso”, comentou o delegado Rodrigo Rolli, da delegacia de homicídios de Juiz de Fora.

O delegado não descarta que o adolescente tenha premeditado o crime. “Ele disse, em depoimento, que comprou a faca para manter a sua segurança. Mas também levou um pacote de luva descartável e uma máscara do Jason, então temos que investigar”, afirma Rolli. A vida pregressa do suspeito será levantada. “Vou ouvir outros moradores do prédio, onde aconteceu o fato, e pegar as imagens de segurança do prédio para saber qual foi o procedimento total do crime. Também vão prestar depoimento familiares e amigos do garoto para saber qual é a personalidade dele”, completa. .