A Defensoria Pública de Belo Horizonte considera inconstitucional a decisão da Prefeitura de restringir o espaço para a exposição dos trabalhos dos artesãos e hippies nas ruas na capital mineira. Desde o dia 3 de outubro, a classe foi proibida de permanecer no quarteirão fechado da Rua Rio de Janeiro, entre a Afonso Pena e Tamóios, na Praça Sete, onde tradicionalmente se concentravam. A nova delimitação permite a divulgação dos trabalhos na Praça da Rodoviária e Rua dos Carijós, o que causou descontentamento da categoria. O impasse foi discutido em audiência pública, nesta quinta-feira, na Câmara dos Vereadores.
O artesão Elidson Lucas, conhecido como “Pirata”, deixou claro que a classe não deseja um ponto fixo, já que são nômades, ao contrário de comerciantes comuns. “Estão tentando extinguir nossa cultura de Belo Horizonte. Chegam com a polícia, apreendem materiais. Colocaram-nos na Rua Carijós, na guia de cegos, atrapalhando essas pessoas”, comentou. A defensora pública Júnia Roman Carvalho compareceu à reunião e realçou o caráter especial da cultura hippie e criticou a Prefeitura.
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