Segundo o Boletim de Ocorrência da PM, Edson Robson Rodrigues Júnior, de 20 anos, levou três tiros de um desconhecido na madrugada de ontem, na Rua Alameda Beco das Flores, no Bairro Jaqueline, Região Norte. O jovem foi atingido no braço esquerdo, nas costas e no abdome. Moradores do bairro não conseguiam falar com a PM e pediram ajuda ao bombeiro que mora próximo. O militar não conseguiu socorro rápido e resolveu se passar pelo autor do crime para a PM andar mais depressa.
A PM não informou quanto tempo demorou para chegar o local. Disse ter encontrado um tumulto em volta da vítima, que já estava morta, e que isolou a área e chamou a perícia.
POLÊMICA A sala de imprensa da PM se recusou a passar maiores detalhes sobre a ocorrência, alegando envolvimento de um militar dos bombeiros e que somente a corporação dele poderia se manifestar. Por outro lado, a assessoria do Corpo de Bombeiros disse desconhecer o fato e informou que qualquer decisão será tomada com base na apuração da Polícia Civil. Já a assessoria da Polícia Civil disse que a ocorrência foi registrada pela equipe de plantão na Central de Flagrantes (Ceflan), no Bairro Floresta, e que os policiais que assumiram o plantão pela manhã não tiveram acesso às ocorrências da madrugada.
A demora no atendimento por parte das polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros está entre as principais reclamações encaminhadas pela população à Ouvidoria Geral do Estado. No terceiro trimestre de 2014, a manifestação mais recebida pela Ouvidoria de Polícia foi de reclamações gerais contra a atuação dos órgãos de segurança (47,69%), quando os elogios foram apenas 2,31%. O atendimento dos bombeiros foi criticado por 193 pessoas nos três meses do balanço e recebeu um único elogio. Houve 28 reclamações da má qualidade do atendimento da Polícia Civil e não constam os dados da PM na pesquisa. O chefe da sala de imprensa da PM, major Sérgio Dourado, não se pronunciou sobre o assunto.
Faltam ambulâncias
Em outubro, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de BeloHorizonte (Sindibel) denunciou que a falta de ambulâncias no Samu comprometia o atendimento à população. Na época, segundo o sindicato, o Samu estava sem oito das suas 25 ambulâncias e 13 chamadas deixaram de ser atendidas por falta de veículos no plantão do dia 1º daquele mês. Problemas
mecânico se falta de motoristas são comuns, denunciaram servidores ao Sindibel.
A assessoria de imprensado Samu informou não ter recebido nenhuma chamada da rua onde houve o crime.