O juiz afastado da Vara de Execuções Criminais de Juiz de Fora, Amaury de Lima e Souza, virou réu do processo que investiga uma quadrilha de tráfico internacional de drogas que atuava em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira, os desembargadores da sessão especial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acataram denúncia contra o magistrado, que é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de favorecer integrantes da organização criminoso que tinha ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Foi negado o relaxamento de prisão, com isso, o acusado vai seguir preso.
A quadrilha adquiria as drogas, cocaína e maconha, do Paraguai, Bolívia e Peru. Conforme as investigações, o grupo faturava cerca de R$ 20 milhões por mês. O esquema distribuía duas toneladas de cocaína a R$ 10 mil cada quilo a cada 30 dias.
Na ação, o juiz foi preso depois que a PF encontrou várias sentenças assinadas pelo magistrado em favor de traficantes. Souza foi preso em 12 de junho por porte ilegal de arma e munição de uso restrito. Na tarde desta quarta-feira, os desembargadores da sessão especial do TJMG votaram pela denúncia contra o magistrado. Ao todo, foram 16 votos a favor e apenas dois contra.