A Prefeitura de Belo Horizonte vai se reunir com os servidores municipais para discutir as possíveis mudanças na avaliação de desempenho da carreira dos trabalhadores. A decisão foi tomada durante uma audiência pública realizada na tarde desta quarta-feira na Câmara Municipal. Ainda não foi marcada uma data para o encontro.
A insatisfação dos servidores é por causa da possível alteração, por parte da PBH, das regras da Avaliação de Desempenho dos servidores e empregados públicos da capital. Entre as mudanças propostas, estão o término da Autoavaliação e Avaliação dos Pares (colegas de trabalho), restringindo todo o poder de avaliação dos trabalhadores apenas aos gerentes; aumento do índice mínimo de aprovação de 70% para 90% e o fim do atual processo de progressão por escolaridade mediante apresentação de títulos, criando uma nova progressão vertical e restritiva na qual apenas um percentual de servidores, estabelecido pelo governo, poderá progredir verticalmente por meio de seleção interna.
Durante a audiência pública, ficou acordado que a prefeitura vai se reunir com os trabalhadores. “As entidades e servidores não aceitaram a tentativa do governo de mudar as regras da avaliação de desempenho. Por isso, ficou marcado um encontro para discutir as reivindicações. Ainda não há data definida”, diz o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), Israel Arimar.
Em nota, a PBH informou que a proposta de diretrizes gerais sobre a carreira dos servidores municipais foi discutida durante as mais de 20 reuniões realizadas desde maio de 2014. No documento, a prefeitura se compromete a receber “o consolidado com as reivindicações propostas durante a reunião e avaliará os referidos pleitos juntamente a Mesa de Negociação Permanente”.
Tumulto
O início da audiência pública foi marcada por um tumulto. Segundo o Sindibel, aproximadamente mil servidores foram para a Câmara Municipal para acompanhar reunião. A confusão aconteceu por volta das 13h, na entrada dos trabalhadores. “Eles queriam fazer a audiência em um local pequeno. Como a câmara tinha sessão normal de vereadores, fizemos um acordo, pois a sessão caiu por falta de quórum. Por isso, fomos transferidos para o Amynthas de Barros. Antes da mudança teve empurra-empurra e discussão, mas tudo foi resolvido”, conta o presidente do Sindicato, Israel Arimar.