A vítima, Eustáquio Porto Botelho, denunciou na um esquema de fraude milionária de adulteração do leite e de fiscalização do produto. De acordo ainda com a polícia, uma empresa de nome Sonata foi criada em Brasília e tinha como sócio fictício Antônio Arquimedes de Oliveira.
A firma recebia a produção de leite da Coopervap, sendo que o lucro era aplicado em investimentos financeiros e, depois de 15 dias, o dinheiro era devolvido ao caixa da cooperativa sem a capitalização dos juros. Atualmente, pelos cálculos da polícia, a cooperativa movimenta cerca de R$ 200 milhões por ano.
A trama criminosa envolveu políticos. Apontado com agiota, Eustáquio Porto Botelho chegou a denunciar o crime e acabou sendo demitido da Coopervap. Entretanto, a vítima acionou a Justiça para retornar ao trabalho e consegui estabilidade no emprego.
As investigações se prolongaram por 19 anos e a polícia descobriu que, além Antônio Arquimedes e Oliveira, outras duas pessoas estavam ligadas à queima de arquivo.
O político é o mandante do crime o contratou "Moises do São Domingos" ou "Jagunço", João Luiz Santana Simão e Eurípedes Gomes dos Santos para matar o homem. A vítima foi morta em uma região próxima de Paracatu e teve o corpo ocultado.
Na época do homicídio, Moises era assaltante de banco em São Paulo e fugiu para Paracatu, onde conheceu Oliveira e virou cabo eleitoral do ex-prefeito do município. Somente Eurípedes ainda está vivo, de acordo com a Polícia Civil. O crime foi denunciado pelo Ministério Público em 22 de outubro deste ano e Antônio Arquimedes ainda é acusado de ameaçar de morte uma delegada do Ministério do Trabalho..