O estudo foi baseado em procedimentos realizados em Viçosa, na Região da Zona da Mata, na década de 1990. A cidade passou por uma fase de superlotação de capivaras e conseguiu o controle dos animais fazendo a vasectomia e a ligadura de trompas. Para a retirada dos carrapatos, cavalos foram colocados no ambiente onde viviam os roedores e atraíram os parasitas.
As medidas foram apresentadas por um professor veterinário da Universidade de Viçosa e está sendo estudada pela Prefeitura de Belo Horizonte. “Tudo isso será analisado. Vamos ver se há a possibilidade de fazer o procedimento nos animais já capturados e que estão no Parque da Pampulha. O uso de cavalos para atrair os carrapatos também não está descartado. Eles são os hospedeiros favoritos dos parasitas”, comenta Maria Tereza da Costa Oliveira, gerente de vigilância em saúde da Secretaria Municipal de Saúde.
Enquanto a decisão do destino das capivaras não sai, a Secretaria de Saúde monta um plano de ação para conter os carrapatos. Para isso, agentes do Ministério da Saúde também ajudam a traçar as estratégias. “Será um plano de contingência para intensificar o controle do carrapato e eliminar o máximo possível o vetor que transmite a febre maculosa”, comenta Maria Tereza.
Capivaras serão mantidas em parque
A Prefeitura de Belo Horizonte contratou a empresa Equalis Ambiental para realizar a captura dos roedores. O processo começou em setembro e resultou na apreensão de 46 animais. Todos passaram por exames que constataram que 28 estão com sorologia positiva para a bactéria da febre maculosa, a Rickettsia rickettsii. Na reunião desta segunda-feira ficou decidido que estes animais vão continuar no Parque da Pampulha.
Um novo encontro para discutir as situações das capivaras foi marcado para o fim de janeiro. .