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Estado de Minas

Defesa vai pedir habeas corpus para ex-prefeito suspeito de estupro

Júlio César Elias Cardoso foi preso no último sábado depois que os pais de uma menina de 7 anos denunciaram o suposto abuso contra a filha


postado em 16/12/2014 11:06 / atualizado em 06/01/2015 09:23

O advogado do ex-prefeito de Patrocínio, no Alto Paraíba, preso suspeito de estupro no fim de semana, elabora um pedido de habeas corpus para que o cliente responda em liberdade. Júlio César Elias Cardoso foi detido em casa na noite de sábado, suspeito de ter abusado sexualmente de uma menina de 7 anos, amiga de sua filha.

Responsável pela defesa de Cardoso, o advogado Erli Voltolini Júnior disse que ainda não tem a data para impetrar o pedido na Justiça, mas trabalha para que isso aconteça o mais rápido possível. Nesta terça-feira ele informou que está acompanhando todos os depoimentos prestados à delegada e que também visitou o cliente na Penitenciária Deputado Expedito de Faria Tavares, onde o ex-prefeito deu entrada no domingo. Segundo ele, Cardoso nega o crime.

O caso está sendo investigado pela delegada Laís Veiga Caetano Pires, da Delegacia de Atendimento à Mulher e Proteção à Criança e Adolescente Infrator de Patrocínio, que acolheu a denúncia no sábado. “A vítima estava brincando na residência com a filha do investigado. Nisso teria sido abusada sexualmente e, quando foi embora, ela imediatamente contou os fatos para o pai, que acionou a Polícia Militar, que fez o cerco na residência dele e o prendeu”, explica Laís Veiga.

De acordo com a PM, ao ser detido, Cardoso confirmou ser amigo dos pais da menor e disse que bebeu pela manhã com sua companheira e foi para um dos quartos. Ele viu a criança em outro cômodo, mas não teve nenhum contato com ela.

O ex-prefeito negou ter praticado ato libidinoso com a menina e acredita ser vítima de perseguição política. Ainda segundo a PM, ele disse que a criança pode ter ficado com raiva dele porque, em data anterior, ele permitiu que ela brincasse em sua casa, mas sem levar os brinquedos de sua filha. Cardoso foi autuado por estupro de vulnerável.

A delegada ouviu a suposta vítima ainda no sábado e concluiu que havia indícios para pedir a prisão do suspeito. “No caso de crime sexual não tem testemunha. Aí temos que levar em conta a oitiva da vitima. Achei muito coerente, ela disse com muita convicção o que teria acontecido”, diz Laís Veiga. A prisão de Cardoso foi convertida para preventiva, quando o suspeito pode ficar detido por tempo indeterminado.

Ainda de acordo com a delegada de Patrocínio, familiares do ex-prefeito já foram ouvidos, assim como o pai da suposta vítima. Nesta terça-feira, será a vez da mãe da criança. A menina também deve ser atendida pelo Conselho Tutelar ainda hoje. O inquérito deve ser concluído em oito dias.


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