A Prefeitura de Belo Horizonte alerta para o risco de rompimento da barragem do Parque Ecológico do Cardoso, construída para conter as enchentes constantes na Avenida Mem de Sá, no Bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul. O perigo é causado por ocupações irregulares que estão fazendo construções em cima do local, inclusive com a retirada de terras. Para Companhia Urbanizadora e de Habitação (Urbel) e a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), a solução seria a retirada dos moradores. Uma ação de reintegração de posse já foi julgada pela Justiça.
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Os moradores invadiram o terreno no Parque Ecológico do Cardoso em janeiro deste ano. No início, poucas famílias ocupavam o local, mas com o passar do tempo, outras pessoas começaram a montar casas. “Quando passamos em 30 de janeiro eram quatro edificações, hoje já temos umas 40. Imediatamente entramos na Justiça para pedir a reintegração de posse, pois lá era uma área de risco que os antigos moradores foram retirados e levados para o Programa Vila Viva.
As famílias foram alertadas pela prefeitura sobre o risco de morar próximo a barragem, mas, mesmo assim, continuaram no local. Além disso, começaram a escavar partes da contenção, o que aumenta a probabilidade de escorregamento. “Lá é uma área muito íngreme e por isso estão escavando para fazer as construções e um local plano”, diz Patrícia Castro.
Conforme a PBH, as casas estão lançando esgoto no córrego da região, o que aumenta o risco de inundações na Avenida Mem de Sá e Andradas. Se acontecer o assoreamento do canal, segundo a administração municipal, pode provocar refluxo e causar inundações em caso de chuvas fortes. “Lá é uma obra de prevenção de cheias da avenida Mem de Sá. Tem uma barragem junto a rua e as pessoas estão construindo em cima desta barragem. Isso gera um problema sério e essa barragem, em caso de chuva muito forte, pode romper. Essas pessoas podem ser vítimas de inundações”, comenta o coronel Alexandra Lucas Alves, coordenador da Defesa Civil.
A solução imediata para evitar o risco de deslizamento, de acordo com o coronel, seria a retirada dos moradores. “Eles foram notificados, fiscalizados, solicitados que não permaneçam no local e, ainda tem uma ação judicial para a retirada deles. A prefeitura está aguardando o cumprimento da reintegração de posse”, afirma o coordenador da Defesa Civil que lembra.