O interrogatório ocorre no Palácio da Justiça, no Centro de Belo Horizonte, e tem participação do desembargador Antônio Carlos Cruvinel, relator do processo, e do advogado do réu. O juiz responde, de forma intercalada, às perguntas da defesa e de acusação.
Ao todo, a PF cumpriu 22 mandados de prisão preventiva, 38 de busca e apreensão, e nove conduções coercitivas. As investigações se transformaram em um inquérito de 389 páginas. Nos documentos consta que o grupo era formado por núcleos que giravam em torno de Juiz de Fora, onde foi instalada a base da organização. O chefe da quadrilha era Peterson Pereira Monteiro, vulgo Zói, que fornecia a droga para a região e favelas do Rio de Janeiro.
A quadrilha adquiria as drogas, cocaína e maconha, do Paraguai, Bolívia e Peru.
Na ação, o juiz foi preso depois que a PF encontrou várias sentenças assinadas pelo magistrado em favor de traficantes. Souza foi preso em 12 de junho por porte ilegal de arma e munição de uso restrito. Na tarde desta quarta-feira, os desembargadores da sessão especial do TJMG votaram pela denúncia contra o magistrado. Ao todo, foram 16 votos a favor e apenas dois contra.
Com informações de João Henrique do Vale.