Leandro Couri, em seu trabalho vencedor, publicado em 13 de junho, flagrou um grupo de pessoas virando uma viatura da Polícia Civil, em frente ao Detran, durante protestos contra a Copa do Mundo no Brasil. Por meio das imagens, agentes localizaram e prenderam os autores. As imagens da matéria “Fogo avança e mata”, de outubro, retratam a devastação da Serra do Cipó por um incêndio florestal.
Valéria Mendes venceu com a reportagem que destacou na internet a discussão sobre o nascimento no Brasil, com o enfoque de que uma em cada quatro mães brasileiras foi vítima de violência obstétrica no país que é campeão mundial de cesarianas. Na matéria sobre crianças refugiadas, Valéria apontou o difícil caminho que vítimas de conflitos religiosos e políticos em seus países seguem na acolhida no Brasil, sem uma adequada assistência na área emocional, devido à burocracia do processo.
As séries “A real abolição”, de autoria do repórter Paulo Henrique Lobato, que trata da desigualdade social e econômica entre a população negra e a branca, ficou com a segunda colocação na categoria reportagem impressa (jornal e revista). Junia Oliveira ficou em terceiro lugar com a matéria “Uma guerreira anônima”, que mostrou a luta da dona de casa Maria José Almeida, mãe de três crianças, sendo duas cadeirantes. Moradora de Ribeirão das Neves, ela pega quatro ônibus para tratar os filhos na Associação Mineira de Reabilitação, no Bairro Mangabeiras, na Região Centro Sul de BH.
Promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) desde 2007, o Prêmio Délio Rocha de Jornalismo de Interesse Público visa a estimular, divulgar e prestigiar os trabalhos de interesse público produzidos pelos jornalistas mineiros.