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Estado de Minas

Criança que foi esquecida em carro é velada em Belo Horizonte

Menina que completaria 2 anos em janeiro foi esquecida pela mãe dentro do carro. Enterro será na tarde desta quinta, no Cemitério da Paz


postado em 18/12/2014 11:32 / atualizado em 18/12/2014 12:19

Corpo da menina é velado na manhã desta quinta(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
Corpo da menina é velado na manhã desta quinta (foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
Está sendo velado na manhã desta quinta-feira, em uma capela na Região do Barreiro, o corpo da menina de 1 anoe e 11 meses que morreu na tarde passada, após ser esquecida dentro do carro da mãe. Ela passou quase cinco horas trancada no veículo. A mulher de 36 anos só descobriu o caso quando foi até a creche onde deixava a filha, na Pampulha. O enterro da criança está marcado para as 17h no Cemitério da Paz, na Região Noroeste de Belo Horizonte.

De acordo com a Polícia Civil, a mãe da criança foi levada par a Central de Flagrantes (Ceflan) na noite de ontem, mas se encontrava em estado de choque e não pôde prestar depoimento. O delegado de plantão ouviu os policiais militares que registraram a ocorrência. O caso deve ser investigado pela Delegacia de Homicídios de Venda Nova.

A criança, que completaria 2 anos em 17 de janeiro, era levada todas as manhãs, pelo pai, à escolinha, que fica no Bairro Liberdade, na Pampulha. Embora o casal more no Caiçara, Noroeste de BH, o berçário ficava em local estratégico para a mãe, que, ao sair do trabalho, no aeroporto, pegava a filha no fim da tarde. Porém, nesta semana o marido dela viajou e a técnica em eletrônica ficou responsável por levar a criança à escolinha, por meio período. Porém, acostumada à rotina anterior, a mãe – que tem ainda um filho de 7 anos e uma filha de 6 –, foi direto para o trabalho e não percebeu que a caçula havia ficado na cadeirinha fixada no banco traseiro, atrás do banco do carona.

O sargento Alexander Martins, do 13º Batalhão da PM, que atendeu a ocorrência, contou que, em estado de choque, a mulher não soube informar se chegou ir até a creche pela manhã, com intuito de levar a menina. “Ela disse que se lembrava apenas de ter ido ao berçário para pegar a filha, como de costume. Quando chegou, foi informada de que a menina não havia sido deixada no local. Foi então que ela voltou ao carro e, ao abrir a porta, viu a criança na cadeirinha. A mãe passou mal e teve de ser amparada pelos funcionários do estabelecimento”, relatou o militar.

Segundo o militar, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamada. “Chegamos junto com o pessoal do Samu. A médica, ao perceber que a menina estava quente, a levou para a ambulância. Só então ela constatou que a criança estava quente devido à forte exposição ao calor dentro do carro, e que estava morta”, explicou Martins. A mãe da criança passou mal e precisou ser hospitalizada. Depois de receber alta, ela foi encaminhada à delegacia.

A diretora da escolinha em que a menina ficava disse que a mãe parecia certa de que a criança estava no local. “Ela chegou aqui e perguntou pela menina. Quando fomos até o carro, encontramos a garota no banco de trás”, contou. “Foi muito triste. Ela não costuma trazer a filha, sempre era o pai. Normalmente, a menina era deixada por volta das 8h, mas, como as outras duas crianças da família estão de férias, a mãe estava chegando às 10h.” Com informações de Landercy Hemerson


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