A troca do sistema de abertura e fechamento das portas das estações de transferência de passageiros do Move de BH e a contratação de uma empresa de segurança armada são as principais apostas da BHTrans para manter o bom desempenho do BRT/Move e evitar o vandalismo. A atual configuração de portas, que conta com um sensor de aproximação, será substituída gradativamente por um esquema de radiofrequência. Por meio de um emissor na porta do coletivo e um receptor na estação, o próprio motorista será responsável por dar os comandos de abertura e fechamento. “O resultado esperado é um sistema de abertura de portas com mais precisão e segurança”, diz o texto enviado pela assessoria de imprensa da BHTrans.
Outro problema frequente, resultado do atual sistema de acionamento das portas das estações do BRT/Move, é a abertura das entradas e saídas no momento errado. É comum os ônibus passarem em um terminal e as portas abrirem mesmo sem o coletivo parar. “Se vem outro coletivo logo depois disso, às vezes a porta não funciona e demora a abrir de novo. Já vi casos em que isso aconteceu e o motorista arrancou sem dar tempo de o sistema funcionar e os passageiros entrarem”, conta a manicure Helen de Almeida, de 26 anos, que esperava para embarcar no Move na Estação Santa Rosa da Avenida Antônio Carlos.
SEGURANÇA ARMADA A BHTrans espera ainda que as depredações no Move diminuam com a contratação de uma empresa de segurança armada para atuar no período noturno, fazendo ronda nas estações, com base em uma licitação que já está em andamento. É uma alternativa para combater não só os atos que danificam as portas, mas outros transtornos que também se espalham pelos terminais, como pichações, vidros quebrados e outras avarias. Se todo o processo correr conforme o previsto, o serviço deve começar a operar em meados de fevereiro, de acordo com a empresa que gerencia o trânsito na cidade.
“Pichação, roubo e depredações são casos de segurança pública. Quando há ocorrência, a BHTrans aciona a Polícia Militar, que tem atendido às solicitações”, diz o texto encaminhado pela empresa. Além disso, o não pagamento da tarifa em transporte público é crime previsto no Código Penal, com pena que varia de 15 dias a dois meses de detenção ou multa, exceto nos casos de gratuidade previstos em lei, conforme a BHTrans.
Um alvo constante da ação dos bandidos são os monitores colocados nas estações para informar o tempo de espera para cada linha. Vários estão quebrados, com marcas de pedradas. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra/BH), os monitores são atacados por vândalos logo que são trocados. O Setra afirma que tem substituído a quantidade mínima para não deixar uma estação totalmente sem o sistema de informação, mas só vai concluir a troca de todos quando estiver funcionando a segurança armada nas estações.