Ao participar ontem do almoço de Natal do Restaurante Popular, o prefeito Marcio Lacerda não quis comentar as circunstâncias do atropelamento na Estação São Francisco, afirmando ser “preciso aguardar a apuração do caso. “Não tenho resposta oficial agora, porque não tenho o relatório da BHTrans”.
Ele entrou em contradição com a BHTrans, ao afirmar que um aditivo no contrato do Move transferiu a responsabilidade de manutenção das estações de transferência para o consórcio das empresas de ônibus que exploram o serviço. “Elas são as maiores interessadas no bom funcionamento das portas”, segundo o prefeito, que concluiu: “acabamos de acertar com as empresas operadoras de ônibus aditivos no contrato e elas já estão responsáveis pela manutenção das portas.”
Embora desconhecesse os detalhes do acidente, Lacerda chamou a atenção para a maneira como os passageiros devem se comportar nas estações do Move. “Existem visores e painéis que informam sobre o tempo de chegada de cada linha. Essa é a forma correta das pessoas tomarem conhecimento do tempo que falta para uma determinada linha chegar”, disse. O prefeito, no entanto, não respondeu questionamento sobre o fato de várias estações estarem com os monitores estragados.
VANDALISMO A BHTrans explicou que a maioria das portas tem ficado aberta por causa de vândalos, que acionam botões de emergência de forma equivocada e também forçam a entrada, estragando os equipamentos. Todas as estações de transferência, assim como as de integração, têm faixas demarcadoras de segurança para orientar os passageiros. Em casos de ultrapassagem dessas faixas, os agentes de estação estão orientados a avisar os passageiros sobre os riscos. Também são divulgadas mensagens de alerta por áudio e vídeo nos sistemas eletrônicos dos terminais. Segundo a empresa, desde a inauguração não haviam sido registrados acidentes envolvendo as portas das estações. Por meio de nota, a BHTrans disse que está apurando as causas do atropelamento.
A BHTrans espera ainda que as depredações no Move diminuam com a contratação de uma empresa de segurança armada para atuar no período noturno, fazendo ronda nas estações. A licitação está em andamento. É uma alternativa para combater não só os atos que danificam as portas, mas outros transtornos que também se espalham pelos terminais, como pichações e vidros quebrados.