A ação ajuizada pelo Ministério Público para conter a degradação frequente do Cemitério do Bonfim determina a instalação de câmeras de segurança, guaritas e cancelas, restauração do necrotério, que é tombado pelo Iepha, e sinalização dos jazigos de interesse turístico. “O Bonfim pode ser para Belo Horizonte o que o Cemitério da Ricoleta é para Buenos Aires”, avalia o coordenador da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Histórico, Cultural e Turístico, Marcos Paulo Souza Miranda. A ação também inclui uma liminar para revisão nas instalações elétricas, limpeza, capina e proibição do tráfego de veículos no cemitério.
O diretor de Necrópoles da Fundação de Parques Municipais Ricardo Belione de Menezes informou que a conservação do cemitério é feita por uma empresa terceirizada, escolhida por meio de licitação. Desde 15 de novembro, a Pluma Terceirização Eireli faz limpeza e jardinagem. Ele admite problemas relacionados à conservação, mas garante que, no prazo de dois meses, a situação deverá ser regularizada. “O estado de conservação das quadras à direita de quem entra é bem melhor que o das que estão à esquerda”, afirma. A limpeza e a capina estão a cargo de sete capineiros.
Segundo ele, como é um momento de experimentação, o número de funcionários pode aumentar conforme a demanda: “Queremos que o local esteja limpo não apenas em 2 de novembro, Dia de Finados, mas para atender o público todos os dias do ano”. O setor fez levantamento dos problemas nos mausoléus e entrou em contato com alguns proprietários. “Vários túmulos desmoronaram, mas a conservação é de responsabilidade do concessionário”, diz. Desde que assumiu o cargo, há três meses, Ricardo afirma que foi recuperada uma imagem furtada. Ele assegura que o número de guardas municipais, que se revezam dia e noite, é suficiente para fazer a segurança do cemitério.
Mineiros ilustres
A construção do Bonfim antecedeu por alguns meses a inauguração de Belo Horizonte, em 1897. O cemitério foi projetado pela Comissão Construtora da Nova Capital, que propôs um traçado arquitetônico semelhante ao da cidade. As plantas são de Hermano Zickler, José de Magalhães e Edgard Nascentes Coelho.
Entre os 17 mil túmulos estão sepultadas personalidades como os ex-governadores mineiros Silviano Brandão, Benedito Valadares, Raul Soares e Olegário Maciel, o ex-senador Bernardo Monteiro e o ex-prefeito Cristiano Machado. O conjunto reflete duas fases marcantes na história do Bonfim. A primeira, da inauguração até as décadas de 1930 e 1940, tem túmulos e elementos artísticos predominantemente em mármore. A maior parte das posteriores é em bronze ou granito preto.
Entre os marmoristas de destaque estão o austríaco João Amadeu Mucchiut e o italiano Ettore Ximenes, que esculpiu o mausoléu de Raul Soares. O valor arquitetônico se deve à atuação de dezenas de artistas, como os irmãos Natali, os Lunardi e a Marmoraria São José. Localizada no centro do cemitério, a sede do necrotério foi tombada em 1977. O Iepha também fez inventário sobre o valor artístico e patrimonial do conjunto.
O diretor de Necrópoles da Fundação de Parques Municipais Ricardo Belione de Menezes informou que a conservação do cemitério é feita por uma empresa terceirizada, escolhida por meio de licitação. Desde 15 de novembro, a Pluma Terceirização Eireli faz limpeza e jardinagem. Ele admite problemas relacionados à conservação, mas garante que, no prazo de dois meses, a situação deverá ser regularizada. “O estado de conservação das quadras à direita de quem entra é bem melhor que o das que estão à esquerda”, afirma. A limpeza e a capina estão a cargo de sete capineiros.
Segundo ele, como é um momento de experimentação, o número de funcionários pode aumentar conforme a demanda: “Queremos que o local esteja limpo não apenas em 2 de novembro, Dia de Finados, mas para atender o público todos os dias do ano”. O setor fez levantamento dos problemas nos mausoléus e entrou em contato com alguns proprietários. “Vários túmulos desmoronaram, mas a conservação é de responsabilidade do concessionário”, diz. Desde que assumiu o cargo, há três meses, Ricardo afirma que foi recuperada uma imagem furtada. Ele assegura que o número de guardas municipais, que se revezam dia e noite, é suficiente para fazer a segurança do cemitério.
Mineiros ilustres
A construção do Bonfim antecedeu por alguns meses a inauguração de Belo Horizonte, em 1897. O cemitério foi projetado pela Comissão Construtora da Nova Capital, que propôs um traçado arquitetônico semelhante ao da cidade. As plantas são de Hermano Zickler, José de Magalhães e Edgard Nascentes Coelho.
Entre os 17 mil túmulos estão sepultadas personalidades como os ex-governadores mineiros Silviano Brandão, Benedito Valadares, Raul Soares e Olegário Maciel, o ex-senador Bernardo Monteiro e o ex-prefeito Cristiano Machado. O conjunto reflete duas fases marcantes na história do Bonfim. A primeira, da inauguração até as décadas de 1930 e 1940, tem túmulos e elementos artísticos predominantemente em mármore. A maior parte das posteriores é em bronze ou granito preto.
Entre os marmoristas de destaque estão o austríaco João Amadeu Mucchiut e o italiano Ettore Ximenes, que esculpiu o mausoléu de Raul Soares. O valor arquitetônico se deve à atuação de dezenas de artistas, como os irmãos Natali, os Lunardi e a Marmoraria São José. Localizada no centro do cemitério, a sede do necrotério foi tombada em 1977. O Iepha também fez inventário sobre o valor artístico e patrimonial do conjunto.