Velhas promessas, novas esperanças. As duas obras mais aguardadas há tempos para melhorar a mobilidade urbana em Belo Horizonte são a revitalização do Anel Rodoviário e a expansão do metrô, por meio de melhorias na Linha 1 (Eldorado/Vilarinho) e implantação de dois novos ramais. A Linha 2 vai ligar o Barreiro ao Bairro Nova Suíssa, e a Linha 3, a Savassi à Lagoinha. Em 2014, os governos estadual e federal passaram o ano sem se entender, pois em ambos os casos foram firmados acordos para que a União fornecesse os recursos e o governo do estado fizesse obras e projetos. Em 2015, a esperança é que as duas novelas cheguem ao fim, considerando que os governos do estado e federal agora são comandados pelo mesmo grupo político.
Segundo o governo de Minas, a Metrominas, empresa criada para administrar o metrô, aguarda a transferência da administração e dos bens patrimoniais da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) para dar andamento ao processo de contratação da empresa que vai fazer as obras necessárias nas linhas 1 e 2 e operar o sistema por meio de uma parceria público privada (PPP).
Sobre a Linha 3, o governo do estado informou que enviou o projeto para avaliação da Caixa Econômica Federal. Quando a instituição finalizar o processo, é necessário que o governo federal assine o convênio para liberar os recursos prometidos. Segundo o Ministério das Cidades, a Caixa já concluiu a primeira fase de análise do projeto da Linha 3 e agora o documento está sendo avaliado pela equipe técnica do ministério.
Se a revitalização do Anel Rodoviário caminhar em 2015, entra em cena na mesma obra a última linha de trabalho envolvendo o BRT em Belo Horizonte. “Enquanto os governos federal e estadual resolvem a requalificação, vamos elaborar um projeto de BRT no Anel Rodoviário”, diz o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar.
A proposta é que, nesse caso, seja feito um serviço similar ao das avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos, com pistas separadas para trânsito exclusivo de ônibus, sem a interferência dos demais veículos. Como o Anel articula os principais corredores de Belo Horizonte sem passar pelo Centro, a implantação do sistema na via por onde circulam hoje 120 mil veículos por dia seria uma opção importante para quem não quiser ir ao Centro.
O Estado de Minas procurou a equipe do governador Fernando Pimentel (PT) para tratar dos obstáculos para as obras do metrô e Anel Rodoviário, mas não houve fonte disponibilizada para comentar a situação das duas obras.
Acesso facilitado a Confins
Outra obra fundamental para a cidade, principalmente no acesso ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, deverá ter andamento no segundo semestre deste ano. Na Avenida Cristiano Machado, três importantes cruzamentos terão intervenções concluídas até o fim da gestão do prefeito Marcio Lacerda, em 31 de dezembro do ano que vem.
Os projetos estão em andamento para construção de trincheiras e viadutos nas interseções da Cristiano Machado com as avenidas Sebastião de Brito, Waldomiro Lobo e Vilarinho. “Esses cruzamentos têm restrições que influenciam a fila para trás. Estamos elaborando projetos para resolver e garantir o aumento de capacidade, com trincheiras, viadutos, etc”, afirma Ramon.
A segunda etapa das obras planejadas para o entroncamento da Região de Venda Nova, batizada de Complexo Vilarinho, só deve ser realizada em 2016. Para o ano que vem, a PBH ainda precisa abrir a licitação para os projetos, que devem durar o ano todo. A concepção básica da BHTrans prevê três viadutos, sendo dois para priorizar o tráfego do Move em vias exclusivas no acesso da Pedro I à Avenida Vilarinho e outro para o trânsito misto ligando Vilarinho e Padre Pedro Pinto.
VIA 710 Ao longo de todo o ano, as máquinas trabalharão na futura Via 710, que ligará as avenidas dos Andradas e Cristiano Machado, passando por bairros das regiões Leste e Nordeste.
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