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Estado de Minas

Ex-prefeito suspeito de estupro deixa penitenciária em Patrocínio

Júlio César Elias Cardoso teve habeas corpus concedido pela Justiça para responder ao processo em liberdade


postado em 06/01/2015 09:24 / atualizado em 06/01/2015 12:59

A Justiça de Minas Gerais concedeu habeas corpus ao ex-prefeito de Patrocínio, no Alto Paranaíba, Júlio César Elias Cardoso, suspeito de estuprar uma menina de 7 anos. Ele ficou quase 20 dias preso na Penitenciária Deputado Expedito de Faria Tavares. De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Cardoso deixou a unidade na tarde de 30 de dezembro para responder ao processo em liberdade.

A delegada Laís Veiga Caetano Pires, da Delegacia de Atendimento à Mulher e Proteção à Criança e Adolescente Infrator de Patrocínio, informou nesta terça-feira que já concluiu as investigações e repassou o inquérito à Justiça. O advogado do ex-prefeito, Erli Voltolini Júnior, disse que a defesa aguarda a parte processual do caso, quando serão marcadas as audiências para ouvir testemunhas e o cliente, que já se encontra em casa. “Ele passou o ano novo com a família e falou que a experiência (da prisão) foi horrível, acho que foram 18 dias preso, e ele vai provar a inocência”, comenta.

O caso teria acontecido em 13 de dezembro. Segundo a Polícia Militar (PM), a criança estava na casa do suspeito, brincando com a filha dele, quando teria sido abusada. Ao voltar para casa, ela contou aos pais o que teria acontecido e a PM foi acionada. José Elias Cardoso foi encontrado em sua residência e encaminhado à delegacia, juntamente com a suposta vítima e familiares da menina.

De acordo com a PM, ao ser detido, Cardoso confirmou ser amigo dos pais da menor e disse que bebeu pela manhã com sua companheira e foi para um dos quartos. Ele viu a criança em outro cômodo, mas não teve nenhum contato com ela.

O ex-prefeito negou ter praticado ato libidinoso com a menina e acredita ser vítima de perseguição política. Ainda segundo a PM, ele disse que a criança pode ter ficado com raiva dele porque, em data anterior, ele permitiu que ela brincasse em sua casa, mas sem levar os brinquedos de sua filha. Cardoso foi autuado por estupro de vulnerável.

Na ocasião, a menina foi ouvida por Laís Veiga e disse ter sido vítima de abuso. “No caso de crime sexual não tem testemunha. Aí temos que levar em conta a oitiva da vitima. Achei muito coerente, ela disse com muita convicção o que teria acontecido”, explicou a delegada à reportagem no último dia 16. Na ocasião, a prisão de Cardoso havia sido convertida para preventiva e a defesa elaborava um pedido de habeas corpus.


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