As mortes no trânsito abalaram o distrito de Catuni, no município de Francisco Sá (Norte de Minas). Em pouco mais de seis meses, aconteceram dois acidentes na BR-251, que resultaram em oito mortos, tendo como vitimas moradores de Catuni, que conta com cerca de 1 mil habitantes. No lugarejo, inclusive, existem poucos carros.
Na manhã de segunda-feira, quatro pessoas morreram e duas ficaram feridas em acidente na BR-251, entre Francisco Sá e Montes Claros. Entre os mortos, duas crianças do distrito de Francisco Sá. Em junho de 2014, em outro acidente no mesmo trecho da rodovia, morreram quatro pessoas que também moravam na região de Catuni.
Morreram na hora o condutor e duas crianças que estavam no veículo: Natália Soares da Silva, de 10 anos, e Edlson Neves da Silva Junior, de 11. A passageira Aline Aparecida Silva Santos, de 22, foi socorrida por uma equipe do Serviço Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e atendida na Santa Casa de Montes Claros, mas morreu logo depois de dar entrada na unidade.
A mãe das crianças (e companheira de Nivaldo) Sinthya Fabiana Soares Martins, de 31, ficou ferida e foi levada para o mesmo hospital, juntamente com o passageiro Hilian Ricardo Pereira Alves, de 18. O quadro deles é estável. O corpo de Nivaldo será sepultado nesta terça-feira em Catuni enquanto o sepultamento das duas crianças acontecerá em Arinos (Noroeste do estado). Já o corpo de Aline Aparecida será enterrado na comunidade de Três Barras, no município de Riacho dos Machados.
Em 16 de junho de 2014, também na manhã de uma segunda-feira, quatro moradores das localidade rural de Varginha, a três quilômetros de Catuni, morreram na BR-251, quando o Gol que viajavam, foi atingido por uma carreta, cujo condutor, Leonel Zatorkki, de 31, estava alcoolizado – segundo a PRF. Morreram no desastre Geraldo Rodrigues de Brito, de 36, Marizete de Fátima Colares Santos, de 44; José Rodrigues da Silva, de 68; e Joaquina Alves da Silva, de 67.
Na ocasião, Catuni viveu um clima de muito consternação, o que voltou a se repetir ontem. “Realmente, o pessoal aqui ficou muito chocado”, declarou o produtor rural José Ataíde Ferreira, morador do lugarejo e tio de Nivaldo Ferreira da Cruz.