Angélica mora em Tiradentes e havia registrado um boletim de ocorrência sobre o sumiço dos familiares em 25 de novembro. Segundo depoimento dela à polícia, o tio Juan mora em Belo Horizonte. Alfredo veio à capital para encontrar o irmão e os dois foram até a cidade histórica em busca de pedras preciosas. Junto aos corpos foram encontradas algumas pedras, que vão passar por perícia. Segundo a polícia, Angélica disse – ao ver as pedras – que são peças sem grande valor comercial.
De acordo com o investigador William de Almeida Alves, os corpos já estão no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte, onde será recolhido material para DNA e será feira a necropsia.
Angélica reconheceu, na Delegacia de Ouro Preto, o celular encontrado perto dos corpos. Ela mesma deu de presente o aparelho para o pai. A mulher também confirmou que a câmera fotográfica e todos os documentos pertencem aos parentes.
Conforme o investigador Alves, a polícia agora vai aguardar o resultado do DNA para ter certeza das identificações. Os policiais vão procurar informações sobre os chilenos em pousadas da cidade para tentar entender se as mortes estão relacionadas ao interesse de Alfredo e Juan pelas pedras preciosas. Segundo relato de Angélica, os dois costumavam carregar muitas pedras valiosas.
Corpos
O primeiro corpo foi encontrado na manhã de terça-feira. A polícia foi chamada por um funcionário do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG, antigo Cefet), que vistoriava a estação de abastecimento e sentiu o forte cheiro de material em decomposição. O segundo foi visto por um funcionário do parque, vinculado ao Instituto Estadual de Florestas (IEF). Os corpos estavam sobre pedras, distantes mais de 200 metros um do outro, à beira de um córrego, o que levou o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) a expedir comunicado tranquilizando a população de Ouro Preto a respeito do consumo.
Já o IFMG divulgou nota relatando que um dos corpos estava próximo ao manancial que abastece a sua unidade de ensino.
(Com informações de Gustavo Werneck).