Jornal Estado de Minas

Agentes de saúde decidem manter greve em Belo Horizonte

Servidores que trabalham no combate à dengue e à febre chikungunya param os trabalhos na segunda-feira

Rafael Passos
Agentes comunitários de saúde decidiram, na manhã desta quinta-feira, pela continuidade da greve geral por tempo indeterminado, em Belo Horizonte.
A medida foi anunciada depois de uma assembleia na Praça da Estação, no Centro da capital. De lá, os grevistas saíram em passeata até a sede da Prefeitura da capital, na Avenida Afonso Pena.

A paralisação teve início na última segunda-feira e, segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), a adesão ao movimento chega a 85% em média. O comando categoria informou que a Prefeitura da capital sinalizou com a possibilidade de reunião entre sexta e segunda-feira, para negociar com os grevistas. Entretanto, a secretaria afirma que já houve um encontro com os grevistas.

Na próxima terça-feira, os servidores vão realizar uma nova assembleia. A categoria que suspendeu as atividade é responsável pelo combate à dengue e à febre chikungunya, entre outros, e é formada por cerca de 3,5 mil pessoas.

Os agentes cobram o pagamento do piso salarial de R$ 1.014, estabelecido em julho de 2014 pela lei federal 12994, e a inclusão dos profissionais no plano de carreira dos servidores da saúde.

Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que já paga o salário cujo piso é maior em relação ao que determinada a legislação. Neste caso, o órgão esclarece que as gratificações estão incorporadas no valor.


Sobre o plano de carreira, o órgão alega que contratou um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para formatar uma proposta que será apresentada aos agentes. A secretaria disse ainda que 38% dos servidores estão em greve e que os serviços prestados ao cidadão não foram prejudicados..