Duas pessoas morreram em um acidente na BR-365, perto de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, na manhã de ontem. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um motorista alcoolizado conduzia um Fiat Uno e bateu na traseira de um Ford Fiesta, que rodou na pista e atingiu um caminhão. O casal que estava no Fiesta morreu na hora. O teste do bafômetro do motorista Adenilson da Paz Silva, de 26 anos, apontou 0,30 miligrama de álcool por litro de ar. Ele foi preso em flagrante e levado para a delegacia em Ituiutaba.
O acidente aconteceu em Flor de Minas, distrito de Gurinhatã, no Triângulo Mineiro. De acordo com a PRF, Adalcino Divino de Morais, de 61, e Lúcia Eduardo Lourenço de Morais, de 57, seguiam de Flor de Minas para um sítio na região de Ituiutaba. O Fiesta em que estavam foi atingido na traseira pelo Uno, na altura do Km 790. Com o impacto da batida, o carro rodou na pista e acertou de frente em um caminhão que vinha no sentido contrário.
Ainda ontem foi enterrado o corpo do estudante de engenharia Hudson Montijo Salviano de Almeida, de 22, em Campo Belo, no Centro-Oeste do estado, vítima de acidente no cruzamento das avenidas Francisco Sá e Amazonas, no Bairro Prado, Oeste de BH, na madrugada de sexta-feira. Ele morreu sábado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Cerca de 50 motociclistas fizeram um cortejo para o cemitério de Campo Belo, cidade onde nasceram os pais do jovem, já que ele era apaixonado por motocicletas.
Geraldo Custódio Laurindo, motorista do Palio que bateu na moto de Hudson, se recusou a soprar o bafômetro, mas apresentava sinais de embriaguez, segundo a Polícia Militar. Ele disse à PM que seguia pela Amazonas e acelerou quando o semáforo ficou amarelo, momento em que bateu na moto, que seguia pela Francisco Sá. Preso em flagrante, Laurindo foi liberado depois de pagar fiança de R$ 5 mil.
“Nada que acontecer vai trazer Hudson de volta. Esperamos que o responsável seja punido para que o caso sirva de lição e não se repita com outras famílias”, desabafou o tio de Hudson, Douglas de Almeida.
LEI SECA Apenas 12 (0,84%) dos 1.428 motoristas parados pelas blitzes específicas da Lei Seca foram flagrados alcoolizados em oito dias de janeiro. O teste de 11 ficou abaixo de 0,34 mg/l e, além de pagar multa de R$ 1,9 mil, esses motoristas passarão por um processo administrativo para suspensão da carteira. Apenas um excedeu o limite de 0,34 mg/l e responderá na Justiça por crime de trânsito, além das mesmas punições dos demais. Oitenta condutores foram flagrados dirigindo sem carteira. Os dados dos dias 1º de janeiro e do dia 9 não foram fornecidos pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).
Para o diretor do Departamento Estadual de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG), Anderson Alcântara, os números são satisfatórios e mostram uma mudança de comportamento. Mas o delegado considera que é possível um maior controle, mais fiscalização e consciência dos motoristas.