Ao todo, nove pessoas foram presas, além dos dois menores apreendidos na Operação Círculo de Fogo
- Foto: Paulo Filguiras/EM DA Press
Um dos três mortos durante a Operação Círculo de Fogo da Polícia Civil, na última segunda-feira, no Bairro Tupi, Região Norte de BH, era gerente do tráfico de drogas na Vila Itaipu, no Barreiro. Ele era investigado desde outubro de 2014 quando a 4ª Delegacia Especializada em Repreensão às Organizações Criminosas (Deroc), da Divisão Especializada de Operações Especiais (Deoesp), iniciou as apurações sobre crimes de roubo, homicídio, tráfico de drogas e comércio de armas na região. Jessiano Felizardo Teodoro, de 37 anos, era o principal alvo do cerco policial.
No início da investigação, os policiais constataram que Jessiano liderava a gangue de tráfico no Barreiro que fornecia para bocas de fumo no Aglomerado Borel, em Venda Nova, e para outras regiões. Desde 6 de janeiro deste ano, começaram a ser presos os envolvidos com a gangue, mas a polícia ainda não havia chegado em Jessiano. Entre os detidos estão uma adolescente de 14 anos e o namorado dela de 17 anos, que trabalhavam na venda de drogas. Ao todo, nove pessoas foram presas, além dos dois menores apreendidos.
Em busca do chefe do bando, os policiais foram até o Bairro Tupi, na última segunda-feira.
Os investigadores tiveram uma informação de que ele estaria na região acompanhado de comparsas. Jessiano foi visto dentro de um Fiat Palio vermelho circulando pelo bairro.
Segundo a polícia, os homens que estavam com ele não fazem parte da gangue do tráfico, mas sim de outra quadrilha envolvida com roubos na capital.
Armamento apreendido na Operação Círculo de Fogo - Foto: Paulo Filguiras/EM DA PressOs policiais cercam o veículo e houve troca de tiros. Além de Jessiano, morreram Ícaro Chagas Borges de Lima, 25 anos, e Givanildo Santos Silva, 35. Um quarto baleado foi encaminhado para o hospital. Dentro do carro foram recolhidos dois revólveres calibre 38, uma pistola 9 milímetros, um fuzil 762, uma camisa com inscrições da Polícia Civil e camisas dos Correios – que provavelmente seriam usadas em abordagens de assaltos.
Durante a operação, dias antes da abordagem no Tupi, a polícia já havia apreendido cerca de 20 quilos de crack e cocaína, cinco armas de fogo, dentre elas uma pistola Glock calibre 40..