Os belo-horizontinos deverão enfrentar ainda muito calor e tempo seco até a semana que vem. Apesar de a temperatura ter caído quase 3 graus ontem, com máxima de 30 graus registrada na estação meteorológica da Avenida Raja Gabaglia, o calor deverá persistir até 21 de janeiro, quando, enfim, a massa de ar seco que está sobre a capital mineira e região metropolitana deverá diminuir. “Estamos esperando para o dia 21 uma mudança na massa de ar seco. Teremos chuva em alguns pontos isolados, mas não suficientes para acabar com a estiagem”, afirma o meteorologista do TempoClima PUC Minas Heriberto dos Anjos Amaro.
Os dias mais quentes do verão foram 4 e 13 de janeiro, com temperaturas máximas de 33,9 graus. Se o calor não dá uma trégua, o jeito é encontrar alternativas para driblar o desconforto do tempo seco. É o caso do espelho d’ água do Parque Jornalista Eduardo Couri, que é o refúgio do calor para meninos e meninas. Victor Gabriel Batista Morais, de 4 anos, por exemplo, se esbaldou ontem na fonte que abastece o espelho d’água.
A continuar dessa forma, as chuvas ficarão bem abaixo da média histórica para janeiro, 274 milímetros. A redução na temperatura e a melhora na umidade relativa do ar ocorreram devido à nebulosidade acentuada na região metropolitana. A temperatura máxima deverá ficar em torno de 30 graus e a umidade relativa do ar deverá aumentar, ficando entre 30% e 40%. “Mas não temos previsão de chuva para o fim de semana. A sensação de calor e tempo abafado vai permanecer”, diz o meteorologista do TempoClima PUC Minas Dayan Carvalho. No estado, as máximas deverão ser registradas no Triângulo e Norte, com temperaturas entre 35 e 36 graus.
A mãe de Victor, a doméstica Maria Aparecida Ramos Pereira, de 51, lembra que para afastar o calor só mesmo saindo de casa. Ela leva o filho todos os dias para brincar no parque. Como o refresco não tem vindo nem à noite, a família sai para caminhar na orla do espelho d’ água. “Não podemos ir para um clube. A lagoa é a nossa opção. Os meninos adoram aquela água da represa. Até os adultos, se pudessem, entrariam. O calor está insuportável”, disse. Maria Aparecida lembra que para quem não tem ar condicionado está difícil ficar dentro de casa.