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Estado de Minas

Policial civil que matou companheira no Bairro Buritis é condenado a 15 anos de prisão

Dênis Breno Machado, de 40 anos, segue preso na Casa de Custódia do Policial Civil, no Bairro Horto, Região Leste de Belo Horizonte. Ele foi julgado nesta sexta-feira


postado em 16/01/2015 17:01 / atualizado em 16/01/2015 18:37

O ex-policial civil Dênis Breno Machado, de 40 anos, foi condenado, na tarde desta sexta-feira, a 15 anos de prisão pelo assassinato da ex-namorada, a projetista Renata Miranda dos Santos, de 30. O crime aconteceu em 2011 dentro da marcenaria onde a mulher trabalhava no Bairro Buritis, na Região Oeste de Belo Horizonte. O homicídio foi motivado por motivos passionais.

O julgamento foi realizado nesta sexta-feira no 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte. Durante o júri, promotor Francisco Rogério Barbosa Campos pediu a condenação do acusado por homicídio duplamente qualificado, cometido por motivo torpe e com recursos que impediram a defesa da vítima.

A defensora do acusado, advogada Maria José Andrade dos Santos, sustentou que o policial sofria de doença mental, desde que teve uma queda na delegacia onde trabalhava e sofreu traumatismo craniano, e por essa razão o Conselho de Sentença deveria acolher a tese de que ele é inimputável. Ela também pediu que fossem desconsideradas as qualificadoras em caso de condenação.

O promotor destacou, durante as suas alegações, que o acusado passou por exames e a perícia não constatou a doença alegada pelo réu.

As alegações da defesa não conseguiram convencer o conselho de sentença que condenou o réu. O juiz Carlos Henrique Perpétuo Braga determinou que a pena seja cumprida em regime inicialmente fechado.

O crime

Na época do assassinato, Renata e Dênis estavam separados. Os dois tiveram um relacionamento de seis meses conturbado por causa do ciúmes do homem. Inconformado com a separação, o policial passou a fazer ameaças contra a mulher, que tentou fazer um boletim de ocorrência. Porém, foi aconselhada a não prestar a queixa pois o companheiro era policial.

Em 31 de outubro de 2011, Dênis foi até o local de trabalho de Renata e perguntou por ela a um funcionário. O trabalhador informou que a mulher havia ido embora, mas, no momento em que informou ao policial, a vítima deixou um banheiro do estabelecimento.

Dênis se aproximou da vítima e atirou três vezes contra ela a queima-roupa. Renata foi socorrida para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Oeste, mas morreu ao dar entrada.

O policial civil foi preso três dias depois do crime. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), ele segue na Casa de Custódia do Policial Civil, no Bairro Horto, Região Leste de Belo Horizonte.


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