Jornal Estado de Minas

Delegado ouve testemunhas de atropelamento que matou seis em Belo Oriente

Polícia Civil foi até a comunidade onde ocorreu a tragédia para colher depoimentos; motorista suspeito da tragédia ainda não se entregou

Rafael Passos
Carro teve a parte da frente destruída depois do acidente que deixou seis mortos - Foto: Wellington Fred/Diário do Aço
A Polícia Civil começou a ouvir, na manhã desta segunda-feira, as testemunhas da tragédia em Belo Oriente, no Vale do Aço, que matou seis pessoas e deixou seis feridas na noite de sexta-feira. As vítimas morreram atropeladas pelo carro que era conduzido por Newton Paiva da Silva, de 55 anos, ex-secretário de Obras da cidade.

O delegado responsável pelo caso, Thiago Alves Henrique, informou que o advogado de Silva fez contato com a Polícia Civil nesta segunda-feira, manifestando interesse do suspeito se entregar. No entanto, o delegado quer ouvi-lo somente depois de colher os depoimentos de moradores da Vila Gomes, onde ocorreu o grave acidente. “Queremos saber primeiro como aconteceram o fatos para depois saber a versão do motorista”, explicou.

A comunidade fica às margens da MG-758, a cerca de dois quilômetros da entrada de Belo Oriente. No momento da tragédia, as vítimas estavam sentadas num banco de concreto na porta de uma das casas da comunidade, quando Newton Paiva perdeu o controle do Ford Fusion que dirigia e as atingiu.

Segundo testemunhas, o ex-secretário teria, depois da curva, tentado fazer uma ultrapassagem irregular e foi na direção das vítimas. Depois do acidente, o ex-secretário fugiu sem prestar socorro, deixando para trás até mesmo os passageiros de seu carro.

Dentro do veículo a polícia encontrou 20 cápsulas de revólver calibre 38, mas a arma não estava no carro.
Os mortos foram sepultados nesse domingo, no Cemitério Municipal de Belo Oriente, sob clima de revolta e comoção.

Com informações de Cristiane Silva, Junia Oliveira, Valquíria Lopes e Marina Rigueira
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