Além de Oliveira, que já cancelou o carnaval por causa da seca, outro município do Centro-Oeste de Minas pode fazer o mesmo hoje.
“Tomamos todas as providências para o carnaval deste ano. Fizemos licitações, mas não assinamos contratos. Há grande possibilidade de não haver carnaval devido à falta de água”, afirma o secretário, lembrando que o cancelamento da festa foi uma recomendação do Ministério Público.
Em Abaeté, na mesma região, está sendo feita uma campanha educativa com os moradores: “Um comercial pede a população para se conscientizar e não desperdiçar água”, afirma o secretário de governo, Armando Greco Neto.
Já a Prefeitura de São João del-Rei pretende fazer plano de contingência para enfrentar a estiagem. A cidade está em estado de alerta e estuda ações para que não falte água. Na próxima semana, haverá uma reunião entre o Departamento Autônomo de Água e Esgoto e o secretário municipal de Cultura para traçar o plano.
Em Diamantina, o trabalho de conscientização se intensificará com a chegada dos turistas. “O problema não está relacionado ao fluxo de entrada de água, mas ao número de pessoas que ficam nas casas, que são pequenas. Muitas vezes, a capacidade de reserva das caixas d’água não acompanha o fluxo de pessoas”, afirma o secretário de Cultura e Turismo de Diamantina, Walter Cardoso França Júnior.
TEM FESTA
Pompéu é outro município do Centro-Oeste que atrai muitos foliões. O nível do Rio Pará está bem abaixo do normal, mas ainda não interfere no abastecimento de água. O reservatório de Três Marias está com 10,40 % do volume, baixo para janeiro, mas ainda não interfere na capacidade de tratamento da água para o abastecimento da cidade”, afirmou a diretora de Defesa e Desenvolvimento do Meio Ambiente, Denise Souza.
Segundo ela, será feita revisão preventiva pela Copasa para evitar imprevistos no carnaval. Caso necessário, a companhia colocará à disposição um caminhão-pipa para atender a população. A cidade espera mais de 20 mil foliões.
A falta d’água também é geral em Baependi, Sul de Minas.