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Estado de Minas

Médico é preso por abusar de pelo menos duas pacientes em clínica de Betim

O cardiologista Renato Mussi Lara Safar, de 50 anos, foi condenado em 2010 pelo crime contra uma das vítimas. Ele foi preso na sexta-feira em cumprimento de mandado de prisão


postado em 21/01/2015 16:16 / atualizado em 21/01/2015 19:23

Médico acabou preso no Bairro Prado, Região Oeste de Belo Horizonte(foto: Reprodução / TV Alterosa)
Médico acabou preso no Bairro Prado, Região Oeste de Belo Horizonte (foto: Reprodução / TV Alterosa)

A Polícia Civil investiga se o médico cardiologista Renato Mussi Lara Safar, de 50 anos, condenado a mais de seis anos de prisão por atentado violento ao pudor contra duas vítimas, cometeu o crime contra outras mulheres. O profissional de saúde foi preso na última sexta-feira depois que um mandado foi expedido pela Justiça. Ao ser apresentado na tarde desta quarta-feira, ele negou os crimes e disse que é alvo de perseguição.

Os abusos sexuais foram denunciados em 2005 e 2006. Porém, somente em 2010 o médico foi condenado por apenas um caso. Ele conseguiu o direito de recorrer em liberdade, até dezembro de 2014, quando a Justiça decretou a prisão preventiva dele.

Segundo a delegada Ariadne Elloise Coelho, da Delegacia de Mulheres de Betim, a primeira vítima foi atacada em 2005. A mulher relatou que foi até a clínica Divina Previdência, na cidade, à procura de um clínico geral. Ao pedir atendimento, o cardiologista entrou na frente do outro médico e pegou a consulta. A paciente foi levada para o consultório aonde aconteceu os abusos.

Conforme relatos da vítima, Renato a colocou na maca e começou a encostar o corpo dele no dela. Em seguida, a pegou pelo braços com força e a jogou em uma cadeira. Assustada, a mulher diz que saiu correndo e procurou uma enfermeira, que a negou socorro.

A Polícia Militar foi acionada e teve dificuldade para atender a ocorrência, pois funcionários da clínica, conforme relatos da vítima, impediram a entrada dos policiais. O caso foi para a Justiça e somente em 2010 condenou o médico a seis anos e seis meses de prisão. Porém, ele conseguiu recorrer em liberdade.

O outro caso denunciado é semelhante ao primeiro. A paciente contou que precisou de um atendimento de um cardiologista e foi atendida por Renato. Ela foi levada para o consultório e o médico passou as mãos em seus seios quando fazia o uso de um estetoscópio. A mulher fez um boletim de ocorrência, porém no seu caso a pena do médico foi convertida para trabalhos comunitários.

A delegada Ariadne Coelho explica que na época dos fatos, as atitudes do médico não configuravam estupro, e sim atentado violento ao pudor e atentado violento ao pudor mediante a fraude, que tinham penas menores. Por causa disso, a policial acredita que outras pessoas podem ter sido abusadas pelo cardiologista. “Antes destes dois casos, tivemos outros três denúncias contra ele na clínica e em Pará de Minas. Porém, na época não tinha como provar porque era a palavra dele contra das vítimas. Então, acreditamos que outras pessoas acabaram molestadas”, disse.

Com a divulgação das imagens do homem, a delegada espera receber novas denúncias. “Neste caso, as vítimas têm que denunciar o abusador”, comentou Ariadne.

Prisão

A delegacia de mulheres de Betim recebeu o mandado de prisão da Justiça que foi cumprido na última sexta-feira. Renato Safar foi preso no Bairro Prado, Região Oeste de Belo Horizonte. O homem, que é casado e tem filhos, negou o crime. “Foi uma prisão arbitrária. Estou sendo alvo de perseguição. Posso até ser morto na prisão por causa disso”, disse durante a apresentação nesta tarde. O cardiologista foi encaminhado ao Presídio Inspetor José Martins Drumond, em Ribeirão das Neves, na Grande BH.


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