Em uma assembleia realizada na manhã desta quinta-feira, os guardas municipais de Belo Horizonte decidiram encerrar a paralisação, mas manter o estado de greve até março. Nesta reunião, os profissionais discutiram a resposta da Prefeitura de Belo Horizonte à situação da categoria, publicada no Diário Oficial do Município (DOM).
De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), serão selecionados alguns guardas para integrar um grupo de estudo, que também vai contar com representantes da prefeitura, para discutir as reivindicações da categoria. Caso o processo não tenha avançado até março, a greve não está descartada.
Os guardas municipais exigem redução para três meses do prazo para armamento da corporação e ocupação de todos os cargos comissionados, inclusive o comando da Guarda, por guardas municipais de carreira, ao invés dos seis meses propostos pela Prefeitura de Belo Horizonte.
Em nota publicada no DOM nesta quinta, a prefeitura propôs a formação do grupo de trabalho para adequar a legislação municipal ao Estatuto Nacional das Guardas Municipais, o que, segundo o Sindibel, implicaria no armamento da corporação e revisão do plano de carreira da categoria.
A PBH também anunciou para fevereiro a realização de um processo seletivo interno na Guarda Municipal para definir “dentro de um contingente de mais 2.100 guardas municipais, os 300 mais bem colocados, que progredirão na carreira para Classe Especial. Desse quantitativo aprovado, a Prefeitura poderá verificar aqueles com perfil mais adequado para assumir os cargos gerenciais”.
Sobre o porte de armas, a prefeitura informou que as negociações para o convênio com a Polícia Militar (PM) para a realização de um curso estão em estágio avançado, mas o Executivo não descarta a possibilidade de ações paralelas com outras instituições militares para verificar o interesse e viabilidade da realização do curso.