O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) requereu mais uma vez, na tarde desta quinta-feira, a prisão preventiva de José Antônio Mendes de Jesus, acusado de matar a ex-companheira Maria Silvina Valéria Perroti, em fevereiro de 2013. O pedido foi feito durante a audiência de instrução de caso, que determinará se o réu será julgado por um júri popular.
A juíza Rafaela Kehrig Silvestre declarou concluída a instrução, sem necessidade de novas diligências e decidiu que vai apreciar o pedido de prisão preventiva após o prazo sucessivo de alegações finais para o Ministério Público e a Defesa, quando será proferida a decisão.
Relembre o caso
O crime aconteceu em fevereiro de 2013, no Bairro Calafate, Região Oeste de Belo Horizonte. A argentina Maria Silvina Valéria, de 33 anos, estava no sexto mês de gestação quando foi baleada na cabeça e jogada em um lote vago. Duas testemunhas disseram à Polícia Militar que havia duas pessoas no carro quando ela foi baleada e jogada na rua. Uma delas garantiu ter visto José Antônio pegar a arma na parte traseira do carro. Outra testemunha disse que o suspeito pegou a mulher pelo pescoço, encostou a arma no queixo dela, disparou dois tiros e fugiu.
À polícia, José Antônio disse que ele e a mulher estavam a caminho do supermercado e o Gol que ele dirigia foi fechado por dois homens numa moto. Segundo ele, Maria Silvina foi baleada e jogada para fora do carro e um dos ladrões teria seguido com ele no carro, acompanhado de um segundo assaltante de moto. Valéria, como era mais conhecida, chegou a ser atendida pelo Samu, que por meio de uma cesariana de emergência conseguiu salvar o bebê.
O inquérito do crime foi encerrado em abril de 2014. José Mendes foi indiciado por homicídio duplamente qualificado – por motivo torpe e meio que dificultou a defesa da vítima – e tentativa de aborto. Esse último crime, porque a mulher estava grávida. Mendes chegou a ser preso no Centro de Remanejamento Prisional (Ceresp) São Cristóvão, mas foi liberado dois dias depois. O juiz Carlos Roberto Loyola entendeu que a prisão dele não teve fundamento em provas da autoria na morte da empresária.
Com informações de João Henrique do Valle