Segundo o delegado Matheus Reis Possancin, o jovem contou que na semana passada entrou em contato com Kesia e marcou encontro com ela às 14h de sexta-feira. O programa deveria durar uma hora ao preço de R$ 200. No entanto, na versão do suspeito, a vítima chegou atrasada à casa dos pais dele, que estavam viajando, e que ela queria cobrar o valor integral por menos da metade do tempo acertado anteriormente. A mulher teria alegado que teve dificuldade em achar o endereço.
Ainda em depoimento, jovem alegou que durante o impasse sobre o valor do programa ele foi até a cozinha da casa, onde foi surpreendido por Kesia, que lhe aplicou uma gravata no pescoço. “Ele conta que neste momento procurou algum objeto na pia para se defender, pegou uma faca e deu um golpe para trás.
Na versão do suspeito, que afirmou não ter feito sexo com a vítima, ele pegou um lençol e enrolou o corpo de Kesia. Em seguida, o colocou no porta-malas de um Celta e foi para a oficina do pai dele, onde também trabalha. Aproveitando que o local já estava fechado, o jovem deixou o corpo da mulher dentro de um latão. Depois disso, ele voltou para casa e limpou o sangue.
Na manhã de sábado, o suspeito contou que retornou à oficina e, usando uma pick-up, transportou o latão com o corpo da tocantinense, o deixando numa rua erma do Bairro Industrial. O rapaz alega que agiu sozinho. Imagens de circuito de TV, segundo o delegado, comprovam isso, já que mostram Kesia chegando à casa do suspeito de taxi e pouco tempo depois ele aparece deixando o local sozinho de carro.
Corpo localizado
Segundo a Polícia Civil, Kesia, natural de Tocantins, havia chegado a Uberlândia no início da semana passada. Na companhia de amigas, ela estaria na cidade para se prostituir. Na sexta-feira, ela desapareceu e o corpo foi localizado dentro do latão de lixo. As amigas da vítima se lembraram do telefone do cliente com quem a tocantinense havia combinado de se encontrar. O número foi passado para a Polícia Civil, que encontrou vários indícios da participação do jovem no crime. Um deles foi que o pai do suspeito, dono da oficina, reconheceu como sendo da empresa dele o latão onde estava a mulher.
Ainda de acordo com o delegado, uma perícia seria realizada na noite desta quinta-feira no imóvel onde aconteceu o crime.
O delegado disse também que o suspeito foi solto porque ainda não foi expedido mandado de prisão contra ele. No entanto, dependendo do resultado da perícia, esse pedido será feito à Justiça..