Plantas ficam no complexo histórico no centro da cidade - Foto: Gilmara PaixãoDuas palmeiras-imperiais que compõem o complexo histórico do Serro, na Região do Vale do Jequitinhonha, serão avaliadas nesta terça-feira e poderão até ser cortadas. As plantas, que estão na Praça Dr. João Pinheiro, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foram atingidas por um raio no dia 20 de dezembro e tiveram suas folhas danificadas. A prefeitura pediu uma vistoria para garantir que não haja risco para a população que frequenta o local. Após o laudo, o carnaval da cidade, que tradicionalmente acontece na praça, poderá ser transferido para outro lugar, já que os foliões poderiam ser atingidos ou poderiam causar danos ainda maiores para as plantas.
Segundo a Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Meio Ambiente, os moradores da cidade têm muito carinho pelas plantas centenárias e se mostram resistentes à possibilidade de corte. O professor de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa, Ismael Eleotério Pires, será o responsável pela vistoria desta terça-feira, mas mesmo com um resultado negativo, o trabalho ainda não será crucial para a retirada da árvore. “Emergencialmente, precisamos da definição do local do carnaval. O corte das palmeiras ainda dependeria da aprovação do Iphan”, destaca Simone Cardoso, responsável pelo setor de meio ambiente.
As palmeiras ficam na famosa escadaria da cidade, próximas às igrejas Nossa Senhora do Carmo e Santa Rita.
A prefeitura estima que as plantas têm cerca de 100 anos e ressalta que elas são iguais às da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. O município completa 313 anos nesta quinta-feira e ainda guarda as características das vilas setecentistas mineiras, o que lhe valeu ser o primeiro município brasileiro a ter seu conjunto arquitetônico e urbanístico tombado pelo Iphan em abril de 1938..