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Estado de Minas PROTEÇÃO À SERRA

MP pede que licenciamento para expandir Instituto Hilton Rocha não seja colocado em pauta


postado em 28/01/2015 06:00 / atualizado em 28/01/2015 07:24

Antigo Hilton Rocha, construído aos pés da Serra do Curral, no Mangabeiras: promotoria e moradores da região questionam danos ambientais se instituto for ampliado para instalação de novo hospital(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 6/6/11)
Antigo Hilton Rocha, construído aos pés da Serra do Curral, no Mangabeiras: promotoria e moradores da região questionam danos ambientais se instituto for ampliado para instalação de novo hospital (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 6/6/11)
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu ontem, por meio de uma recomendação conjunta, que o secretário do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comam), vice-prefeito Délio Malheiros, não coloque em pauta o licenciamento ambiental para a expansão do antigo Instituto Hilton Rocha, construído aos pés da Serra do Curral. O MPMG recomendou também, caso o licenciamento seja colocado em pauta, que os conselheiros indefiram a licença de implantação do novo empreendimento da Oncomed, que pretende aumentar a área construída em um dos principais cartões-postais da capital mineira.

No documento, os promotores apresentam argumentos para impedir que a instalação do hospital na Serra do Curral seja autorizada. De acordo com laudo técnico elaborado em setembro do ano passado por técnicos da instituição, o empreendimento “acarretaria em gravíssimo risco de contaminação de solo e águas por substâncias perigosas”. “A implantação do empreendimento, com potencial risco de contaminação, é desaconselhada , uma vez que substâncias perigosas infiltrarão facilmente no solo”, explica o texto do MPMG.

A proteção da fauna local também é apontada como item a ser considerado pelo conselho, já que, segundo o Ministério Público, “o paredão figura como corredor ecológico entre as áreas da Serra do Curral com as quais se limita, sendo o único espaço conservado que ainda permite esse fluxo”. “É inegável que a instalação do empreendimento pretendido trará a supressão de vegetação, afugentamento de fauna, agravamento da emissão de ruídos, geração de emissões atmosféricas e risco de contaminação do solo e do lençol freático em área ambientalmente sensível e tombada”, diz o texto.

A recomendação divulgada ontem foi assinada por quatro promotores: Mauro da Fonseca Ellovitch, coordenador regional das Promotorias de Defesa do Meio Ambiente das Bacias dos Rios das Velhas e Paraopeba; Andrea Figueiredo Soares e Luciana Ribeiro da Fonseca, curadoras do meio ambiente de Belo Horizonte; e Marcos Paulo de Souza Miranda, coordenador da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais.

IMPACTOS

A reunião do Comam sobre a concessão do licenciamento está marcada para o início da tarde de hoje. Os moradores do Bairro Mangabeiras consideram a construção do Oncomed uma agressão à Serra e cobram estudo de impacto ambiental e possíveis danos ao meio ambiente. A Associação dos Moradores do Mangabeiras elaborou um dossiê avaliando os pontos do projeto e criticando que a ampliação poderá mais que dobrar o tamanho da área construída.


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