Na semana anterior, a Copasa havia admitido a hipótese de racionar o produto se o regime de chuvas não recompusesse os reservatórios satisfatoriamente nos próximos três a quatro meses, mas o EM apurou que a medida poderia ser adotada num prazo inferior. Ela depende necessariamente de aprovação da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae), para que seja decretado o chamado estado de situação crítica.
Lacerda falou sobre a possibilidade de desabastecimento ontem, durante assinatura da lei que garante a transferência da permissão de táxi ao sucessor legítimo do motorista que ficar inválido ou falecer. O prefeito também informou que o primeiro dia de aula na rede pública municipal será destinado a passar informações sobre a situação de risco hídrico para as cerca de 200 mil crianças matriculadas, com o objetivo de replicar a informação às famílias e assegurar a redução de consumo.
Na Prefeitura, ele determinou que a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) seja o órgão responsável por definir as ações para baixar o gasto do produto e atender a cota ideal de queda estipulada pela Copasa. “Vamos nos dedicar inicialmente a um estudo profundo do consumo da PBH. Trinta por cento é uma meta dura, mas possível”, afirma.
FALSO OTIMISMO Segundo o prefeito, em reunião com a Copasa, em novembro, na gestão estadual anterior, foi repassada à PBH a informação de que os reservatórios estavam, em média, com armazenamento de 40%, enquanto o mesmo período de 2013 tinha registrado 70%. “A posição da Copasa naquele momento era que, com o regime de chuvas próximo do normal nesse verão, não haveria dificuldades durante o ano de 2015. A realidade desmentiu esse otimismo com essa escassez de chuvas do início do ano e é importante haver uma economia pela população”, defendeu..