Ninguém imaginava uma crise hídrica duas décadas atrás, mas a maior instituição de ensino superior do estado se precaveu e hoje tem como garantir o abastecimento. Naquela época, seis poços foram perfurados na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com tecnologia da Companhia de Produção de Recursos Minerais (CPRM). Dois fornecem 40 mil litros de água por hora. Um é usado para irrigação das áreas verdes e o outro no Laboratório de Laquacultura da Escola de Veterinária, voltado para pesquisa e desenvolvimento de criação de peixes para consumo humano. Assim, os tanques, cuja água deve ser renovada e areada com frequência, não dependem da Copasa.
A UFMG desconhece a capacidade máxima dos poços, mas, estudo preliminar aponta ser possível substituir 60% do abastecimento feito pela companhia de saneamento pela produção própria. O que significa também diminuir, para mais da metade, o consumo de milhões de litros por ano a um custo de milhões de reais. A ideia agora é negociar com a Copasa equipamentos sanitários eficientes e de baixo de custo, como torneiras, mictórios inteligentes e descargas econômicas.
“Se formos previdentes, podemos disponibilizar essa água que viria para cá a outros setores da sociedade. A vantagem é que os poços estão prontos e a renovação da outorga, em andamento”, afirma o pró-reitor de Administração, Luiz Felipe Calvo.
Consciência
A PUC Minas informou, por meio de nota, que prepara um amplo trabalho de sensibilização da comunidade acadêmica, que envolve mais de 60 mil pessoas, para economia de água. Além da comunicação on line, a instituição afixou cartazes em banheiros e outros pontos estratégicos, como bebedouros, para sensibilizar professores, funcionários e alunos.
Com o mote “Mais que evitar o desperdício, é hora de economizar. Água, um bem de todos”, a universidade aproveitará também os eventos de abertura do semestre para funcionários e alertar para a importância do consumo consciente da água. Outras ações de mobilização também estão sendo preparadas.
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