“A situação é grave da usina, 10% da capacidade. É claro que 100% é muito raro. De qualquer maneira, 10 é muito pouco e a previsão meteorológica da Cemig é de pouca chuva este ano. Significa que o uso vai ter que ser muito controlado. A meta da Cemig é chegar ao final do ano com cerca de 5% do reservatório, ou seja, a próxima estação de chuvas com 5%. Já seria uma coisa espantosa, é muito baixo.
A usina de Três Marias foi a primeira a ser construída ao longo do rio São Francisco, em 1962. Em janeiro de 2014, o volume útil dela era de 27,56%.
Segundo o governador, há grande preocupação com a capacidade de produção da usina por causa da baixa da represa causada pela estiagem, mas também é preciso pensar na falta de água para as famílias que dependem do Rio São Francisco para sobreviver. “Estamos com cerca de 10% de capacidade do reservatório e administrando a vazão de maneira a não prejudicar as comunidades que dependem do rio. O Rio São Francisco, além de ter importância no sistema elétrico, é vital o para abastecimento de água e irrigação rural - tanto a montante como a jusante. Temos preocupação grande com Jaíba, porque a captação deles é um dos maiores projetos de irrigação do mundo”, disse Pimentel.
CRISE HÍDRICA No sobrevoo desta quinta, o governador pôde ver a real situação da crise hídrica. “Fiquei um pouco chocado, de fato a represa está muito baixa. Mais do que isso, se a gente ver a situação das propriedades rurais é muito preocupante. A seca está castigando severamente esta região do estado”, disse.
Conforme o governador, estão sendo tomadas as medidas para atravessar este ano, uma delas foi o decreto de ontem que criou uma força-tarefa para gerir a água no estado. “Sabemos que vai ser um ano difícil, que está prevista estiagem longa e mais rigorosa do que tem sido. Ano passado já foi de estiagem prolongada.
De acordo com o governador, tão grave quanto as consequências para a energia, a seca está afetando “severamente a capacidade de abastecimento de água do estado todo”. “Estamos com problema grave na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Já tomamos medida iniciais necessárias para enfrentar, mas estamos com problemas em muitos outros municípios - principalmente no Norte do estado. Temos mais de 100 municípios já em emergência, com racionamento ou rodízio e caminhando para aumentar este número”. .