Três importantes espaços do Jardim Zoológico da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte, na Região da Pampulha, serão reformados. Com supervisão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), serão revitalizadas a Praça de Mamíferos Brasileiros (antiga Praça Nacional) e a Praça das Aves. Além disso, será iniciada a segunda parte das obras de modernização do Borboletário. Esses locais, de intensa circulação de visitantes, abrigam significativa parte do acervo do Jardim Zoológico. A ordem de serviço para o início das obras foi assinada na última sexta-feira pelo prefeito Marcio Lacerda
O total investido será de cerca de R$ 1,17 milhão e as obras, que têm autorização do Ibama e licenciamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, por meio do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comam), têm entrega prevista para setembro deste ano.
Praça de Mamíferos Brasileiros
A Praça de Mamíferos Brasileiros tem 18 recintos, distribuídos em uma área de quase 9 mil metros quadrados. A reforma será feita em duas etapas. Na primeira, será implantado um recinto misto, com mais de 2,6 mil metros quadrados, em que coabitarão animais de diferentes espécies do Cerrado, como tamanduás, caititus, veados, antas, cutias, pacas e capivaras. Isso possibilitará uma exibição mais interessante e instrutiva das espécies típicas do bioma, proporcionando ao público uma melhor observação dos comportamentos específicos de cada uma.
A reforma inclui a instalação de quiosques, a construção de piscinas e a execução de um novo projeto paisagístico, o que irá proporcionar mais locais de sombra, abrigo e bem estar para os animais. Além disso, nesse recinto, o público poderá observar os animais sem a interferência de telas de alambrado, já que o projeto prevê a construção de taludes como barreira de segurança entre o público e os animais. Os demais recintos receberão diversas melhorias, como substituição de telas, revitalização de paredes, muros e piscinas.
Praça das Aves
A estrutura da Praça das Aves, inaugurada em 1978, compreende 52 recintos, que abrigam cerca de 70 espécies nacionais e exóticas, muitas delas ameaçadas de extinção. Ali, as obras também serão feitas em duas etapas. Na primeira, serão reformados os 42 recintos da área central, os lagos existentes serão substituídos por novos, os ninhos de madeira serão retirados, o sistema de ventilação será melhorado e as redes de água e esgoto passarão por readequações. A primeira fase incluirá, ainda, a ampliação de alguns recintos, a substituição de telas, o rebaixamento e a reconstrução de piso, a revitalização de paredes internas e externas e pintura de todos os recintos. Além disso, banheiros e vestiários serão construídos.
Borboletário
Inaugurado em 1996, o borboletário foi o primeiro aberto ao público no Brasil. Inicialmente, contava apenas com o viveiro e o laboratório. Posteriormente, foi construído um auditório com capacidade para 20 pessoas, e um horto, localizado fora da área de visitação, onde são cultivadas as plantas que alimentam as lagartas.
No primeiro semestre de 2014, o borboletário teve reformado o laboratório de criação e reprodução dos lepidópteros (borboletas e mariposas). Foram substituídos o piso e o revestimento das paredes, construídos dois vestiários e a área de limpeza e de esterilização de material recebeu melhorias. A rampa do auditório foi adaptada às novas normas de acessibilidade e um toldo foi instalado para aumentar o conforto dos visitantes.
Na segunda etapa das obras, que agora serão realizadas, o viveiro de exposição das borboletas será ampliado, passando dos atuais 100 metros quadrados para 250 metros quadrados. O paisagismo e o circuito de visitação serão reformulados. As intervenções permitirão a diversificação das espécies e o aumento da capacidade para a recepção de visitantes, que será triplicada.