A forte chuva de granizo que atingiu Belo Horizonte na tarde desta terça-feira assustou moradores e motoristas que foram surpreendidos pelas pedras de gelo que caíram. Alagamentos foram registrados na Região Centro-Sul da capital mineira, além de quedas de energia e árvores, que atingiram veículos em pelo menos seis vias. Nenhuma pessoa ficou ferida. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) emitiu um alerta mais cedo para o temporal na capital.

A Comdec estendeu um alerta para pancadas de chuvas isoladas , raios e ventos de até 45 km/h em Belo Horizonte com uma acumulado de 20 a 40 milímetros até a manhã de quinta-feira. Ainda na tarde desta terça-feira, a previsão feita pelo órgão era de queda de até 20 milímetros até a manhã desta quarta-feira.

Fez imagens ou tem registros da chuva em Belo Horizonte mande para o Whatsapp do em.com.br no número (31) 8502-4023. Ou pelo e-mail: jornalismo@uai.com.br

A situação ficou caótica na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O temporal derrubou árvores na Avenida Getúlio Vargas, no Bairro Funcionários, e atingiu quatro veículos, sendo um ônibus, uma kombi dos Correios e dois veículos de passeio. Dentro de um C3 atingido pelos galhos estava a empresária Marice Vilela, de 59 anos, que estava parada no semáforo. “Escutei um estalo forte e depois a árvore se partiu ao meio. Cada parte caiu para um lado da avenida. Fiquei apavorada e nem percebi o barulho do meu carro sendo atingido. A chuva não durou cinco minutos, mas foi assustador” comentou.

A cena foi vista pelo dentista Newton Miranda de Carvalho, de 68, que trabalha no quarto andar de um prédio da Avenida Getúlio Vargas. “Escutei um estalo forte e vi a primeira árvore cair. Depois, as outras caíram na sequência. Foi um efeito dominó, apesar de uma não atingir a outra. Fiquei preocupado com as pessoas que estavam dentro do carro”, afirmou.

A sequência de árvores caindo ocorreu entre as ruas Gonçalves Dias e Professor Morais. Pelo menos três quedas de galhos foram registradas. A Avenida Getúlio Vargas foi totalmente fechada, o que causou um longo congestionamento. Militares do Corpo de Bombeiros seguem no local fazendo o corte dos troncos. Ainda não há previsão para a liberação.

Também houve registros de quedas de árvores sobre carros na Rua Piaui, na Rua Ceará e na Avenida Afonso Pena. Em nenhuma ocorrência os ocupantes ficaram feridos. Galhos também caíram na Rua Rio Grande do Norte e na Rua Ceará, ao lado do Carrefour, no Bairro Funcionários.

Na Rua Estêvão Pinto, no Bairro Serra, a precupação dos moradores é com uma árvore de grande porte que está ameaçada. Galhos chegaram a cair e outros estão apoiados na fiação ameaçando veículos que passam pela via.



Granizo

De acordo com a Comdec, teve chuva de granizo nos bairros São Lucas, Serra, Lourdes, Sagrada Famílias, Savassi, Dom Bosco, Prado, Nova Gameleira, Alto dos Pinheiros, e Barreiro.

Quando as primeiras gotas de chuva caíram em bairros de Belo Horizonte, os internautas fizeram questão de demonstrar satisfação. Pelas redes sociais os mineiros comentaram sobre a chuva. “Forte pancada de chuva em BH neste momento, inclusive granizo, coitados dos donos de carro”, disse Davi Santos. “Chove pesado em BH, uma chuva linda, até nubla o horizonte”, escreveu.  Cedé Silva. “Chuva fraca na região da Savassi”, disse Gui Alvim.

Previsão

De acordo com o Centro de Climatologia Tempo/Clima PUC Minas, a instabilidade ocorreu com maior intensidade em regiões próximas à Serra do Curral. “Com o aquecimento da área, a previsão é de chuvas de verão, rápidas e localizadas, durante a semana”, diz o meteorologista Dayan Carvalho. “Com essas condições, a frente fria, que no momento está no litoral do Sudeste, se aproxima do continente”, completa.

Ainda conforme o meteorologista, chuvas como estas não apresentam sinais tão significativos para uma previsão instantânea. Para a noite desta terça-feira, a chuva ficará concentrada em bairros próximos à Serra do Curral e à Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Chuvas de intensidade moderada a forte também foram registradas na Zona da Mata, no Campo das Vertentes, na Região de Três Marias, Oeste e Noroeste do Estado. Segundo Carvalho, nos reservatórios que abastecem as cidades mineiras, ainda não é possível cravar chuvas significativas.


.