Funcionários Hospital das Clínicas (HC) realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira, em Belo Horizonte. A manifestação chama atenção para a crise financeira na unidade que está comprometendo o atendimento em todos os setores do hospital desde o fim de novembro.
Segundo a Polícia Militar, cerca de 50 pessoas fecharam o trânsito de forma alternada na Avenida Alfredo Balena, no Bairro Santa Efigênia, Região Leste da capital. Houve um princípio de tumulto quando umas algumas pessoas tentaram forçar a passagem de veículos. Segundo a BHTrans, por volta das 9h30, o tráfego foi liberado, mas ainda causava lentidão na região.
Kátia de Andrade está com a filha de 5 anos internada no hospital há 11 meses. Segundo a mulher, a criança é acometida por uma doença que afeta a oxigenação do cérebro. Kátia denuncia a situação em que se encontra o hospital e diz que está faltando medicamentos básicos e até soro fisiológico. “É um fatalidade o que está acontecendo aqui”, denunciou.
Os médicos do hospital querem a intervenção do Ministério Público Federal (MPF) para resolver a crise instalada na unidade de saúde. Eles denunciam que, por falta de repasse de verbas do governo federal, faltam de medicamentos básicos a profissionais em áreas-chave, como o Centro de Tratamento Intensivo (CTI).
A situação agonizante do hospital fez com que alguns transplantes deixassem de ser feitos. Substituir medicamentos ou adiar terapias de pacientes em estado grave virou rotina dos profissionais da instituição, uma das referências em procedimentos de alta complexidade no estado.
"O hospital enfrenta uma crise financeira grave, como nunca vista antes. Sempre houve problemas, mas pontuais. Desta vez, é generalizado. Cortaram tudo", revela o presidente da Associação dos Médicos Residentes do HC (Amerehc), Weverton César Siqueira. Segundo ele, pacientes estão ficando sem medicamentos básicos, como dipirona.
Segundo o médico, embora a diretoria esteja se desdobrando para contornar o problema, seja pegando medicamentos emprestados com a Prefeitura de Belo Horizonte ou com outros hospitais, é comum o atraso de até quatro dias nos tratamentos.
Hospital nega que haja uma crise e informou que, há três semanas, materiais e medicamentos faltaram pontualmente e tiveram de ser substituídos. Isso se deveu ao atraso no pagamento de fornecedores e às férias coletivas do ambulatório, que impediram a compra de insumos que é feita no fim do ano, normalmente, para os meses de janeiro e fevereiro. O problema foi causado pelo repasse tardio do Fundo Nacional de Saúde. O hospital garante que não há remédios nem material em falta.
Negou ainda que os transplantes tenham sido cancelados e admitiu problema apenas no hepático, por falta de pessoal. De acordo com a assessoria, quatro médicos do pós-transplante passaram em concurso no Hospital Militar e se demitiram do HC. Informou que os pacientes foram encaminhados ao Hospital Felício Rocho, para atendimento também pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acrescentou que não houve redução do atendimento no CTI – dois leitos foram bloqueados por dois dias, porque um plantonista faltou. E negou que o fechamento do pronto-atendimento tenha sido cogitado. O hospital garante que, aos poucos, volta à normalidade e que a dívida com fornecedores foi quitada.
Com informações de Junia Oliveira
Segundo a Polícia Militar, cerca de 50 pessoas fecharam o trânsito de forma alternada na Avenida Alfredo Balena, no Bairro Santa Efigênia, Região Leste da capital. Houve um princípio de tumulto quando umas algumas pessoas tentaram forçar a passagem de veículos. Segundo a BHTrans, por volta das 9h30, o tráfego foi liberado, mas ainda causava lentidão na região.
Kátia de Andrade está com a filha de 5 anos internada no hospital há 11 meses. Segundo a mulher, a criança é acometida por uma doença que afeta a oxigenação do cérebro. Kátia denuncia a situação em que se encontra o hospital e diz que está faltando medicamentos básicos e até soro fisiológico. “É um fatalidade o que está acontecendo aqui”, denunciou.
Vídeo mostra manifestação
Os médicos do hospital querem a intervenção do Ministério Público Federal (MPF) para resolver a crise instalada na unidade de saúde. Eles denunciam que, por falta de repasse de verbas do governo federal, faltam de medicamentos básicos a profissionais em áreas-chave, como o Centro de Tratamento Intensivo (CTI).
A situação agonizante do hospital fez com que alguns transplantes deixassem de ser feitos. Substituir medicamentos ou adiar terapias de pacientes em estado grave virou rotina dos profissionais da instituição, uma das referências em procedimentos de alta complexidade no estado.
"O hospital enfrenta uma crise financeira grave, como nunca vista antes. Sempre houve problemas, mas pontuais. Desta vez, é generalizado. Cortaram tudo", revela o presidente da Associação dos Médicos Residentes do HC (Amerehc), Weverton César Siqueira. Segundo ele, pacientes estão ficando sem medicamentos básicos, como dipirona.
Segundo o médico, embora a diretoria esteja se desdobrando para contornar o problema, seja pegando medicamentos emprestados com a Prefeitura de Belo Horizonte ou com outros hospitais, é comum o atraso de até quatro dias nos tratamentos.
Hospital nega que haja uma crise e informou que, há três semanas, materiais e medicamentos faltaram pontualmente e tiveram de ser substituídos. Isso se deveu ao atraso no pagamento de fornecedores e às férias coletivas do ambulatório, que impediram a compra de insumos que é feita no fim do ano, normalmente, para os meses de janeiro e fevereiro. O problema foi causado pelo repasse tardio do Fundo Nacional de Saúde. O hospital garante que não há remédios nem material em falta.
Negou ainda que os transplantes tenham sido cancelados e admitiu problema apenas no hepático, por falta de pessoal. De acordo com a assessoria, quatro médicos do pós-transplante passaram em concurso no Hospital Militar e se demitiram do HC. Informou que os pacientes foram encaminhados ao Hospital Felício Rocho, para atendimento também pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acrescentou que não houve redução do atendimento no CTI – dois leitos foram bloqueados por dois dias, porque um plantonista faltou. E negou que o fechamento do pronto-atendimento tenha sido cogitado. O hospital garante que, aos poucos, volta à normalidade e que a dívida com fornecedores foi quitada.
Com informações de Junia Oliveira