Os transtornos continuam nesta segunda-feira, no aeroporto internacional de Confins, na Grande BH. Nesta manhã, quatro chegadas estão atrasadas por causa das condições meteorológicas e três foram canceladas. Apenas uma partida está atrasada. O voo era para Buenos Aires e estava previsto para decolar às 3h15, mas até a manhã de hoje ainda não partiu. BH amanheceu chuvosa e com neblina, condição que deve se estender por todo o dia.
Nesse domingo, terceiro dia consecutivo de caos no terminal, os problemas começaram cedo. Apenas pela manhã, a pista ficou fechada por quase três horas. Com isso, poucos aviões tiveram condições de pousar e decolar. A BH Airport, empresa que administra o terminal, informou que o número de cancelamentos chegou a 52, entre chegadas e partidas, enquanto 47 atrasaram por motivos meteorológicos e 17 foram transferidos para outras cidades. Na esperança de ver o tempo melhorar e conseguir chegar ao destino, centenas passageiros enfrentavam longas filas para fazer check-in e despachar bagagens
Também não restou alternativa para a pedagoga Andréa Orzil, de 45. Ela teria que levar todas as malas de volta para casa, pois o voo para o Panamá havia sido cancelado. “Estou conformada, não vou brigar. Mas essa situação significa tempo e dinheiro perdidos”, disse. O filho, Thomaz Orzil, de 14, não estava aceitando tão bem o imprevisto. “Estou frustrado. Queria chegar lá rápido para aproveitar.” A família planejava descansar por 20 dias em Orlando.
FECHADO O Aeroporto de Confins operou por instrumentos apenas para decolagens no início da manhã de domingo. Nesse caso, é o piloto quem decide se vai dar prosseguimento ao voo. De acordo com a BH Airport, entre as 7h50 e as 10h35, a pista permaneceu totalmente fechada. O mesmo ocorreu das 12h33 às 13h06.
A dentista Andresa Mendes, de 33, teria que chegar ao Rio de Janeiro até as 14h para embarcar em um cruzeiro. Por isso, saiu de madrugada de Bom Despacho, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, e chegou a Confins com duas horas de antecedência para o voo das 7h, mas logo soube que o avião não poderia decolar.
Andresa reclama que os funcionários deram esperança de que poderiam encaixar os passageiros em outro voo e, com isso, ela perdeu muito tempo. “Se soubesse da situação desde o começo, teria ido para o Rio de carro. Agora não consigo mais chegar... Desmarquei todos os meus pacientes para viajar, mas o pior é o constrangimento”, desabafou. Ela estava disposta a comprar nova passagem, mas a empresa informou no balcão da loja que não estava vendendo bilhetes para nenhum horário. Desolada, Andresa pretendia registrar um boletim de ocorrência.