O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abriu inquérito para apurar a utilização do aplicativo Uber em Belo Horizonte. O serviço de transporte executivo vem causando polêmica entre os taxistas da capital mineira que alegam irregularidades e também alertam para o aumento de clandestinos. Em São Paulo, no último fim de semana, um motorista de táxi bateu boca com um jovem que foi acionado por uma pessoa em uma festa por meio do aplicativo.
Os taxistas se revoltaram por causa do modo de funcionamento do aplicativo. O modelo foi desenvolvido em São Francisco (EUA). Ele oferece transporte executivo remunerado com carros de luxo e motoristas profissionalmente vestidos, que tenham o próprio carro ou trabalhem para empresas de transporte.
Depois de receber a denúncia dos taxistas, o caso foi passado para o promotor Geraldo Fereira da Silva. De acordo com a assessoria de imprensa do MPMG, o inquérito para investigar o aplicativo foi aberto em janeiro deste ano e ainda está em fase inicial.
O presidente do Sincavir afirma que já tem um posicionamento positivo sobre o caso. “Depois da denúncia, o MP enviou ofício para a BHTrans que se mostrou favorável a reivindicação do sindicato”, afirma Faedda.
Sobre a fiscalização dos motoristas que usam o aplicativo, a BHTrans informou que o caso foge de sua competência e que a responsabilidade seria da polícia. A Polícia Civil informou que ainda não recebeu nenhuma denúncia sobre o caso.
O uso do aplicativo já vem causando problemas em outras cidades. Em São Paulo, no último fim de semana, um motorista usuário do Uber foi intimidado por um taxista na frente de uma festa. Ao notar o carro de luxo chegando no local do evento, o profissional abordou o homem e ameaçou chamar a polícia. Depois de um bate-boca, o veículo acabou liberado.
O em.com.br tentou contato com a Uber no Brasil, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso.