Quatro suspeitos de envolvimento na morte de um empresário no Bairro Calafate, Região Oeste de Belo Horizonte, foram presos no início da semana e apresentados pela Polícia Civil na tarde desta quarta-feira na sede da Divisão de Operações Especiais (Deoesp). Washington Resende Pereira, de 52 anos, foi assassinado durante um assalto em uma das unidades da empresa Vidros e Vidros em 22 de janeiro. Segundo as investigações, o roubo foi planejado por dois conhecidos da vítima, e pelo menos um deles já havia prestado serviços na vidraçaria.
Depois de 18 dias de buscas, foram presos Geovane Fernandes Chaves Braga, de 26 anos, Klaus Vinicious Moreira Alves, de 18, Emerson Cardoso Barreto, de 25, e Josmar Batista da Silva Pereira, de 24. De acordo com a delegada Talita Martins, Emerson e Josmar trabalham no ramo de vidraçaria. Eles estariam por trás do planejamento do roubo, já que conheciam a empresa de Washington e a rotina dos funcionários.
No entanto, apenas Geovane e Klaus invadiram a empresa e anunciaram o assalto, já que os outros dois envolvidos temiam ser reconhecidos pelas vítimas. O primeiro é apontado como o responsável por efetuar o disparo que matou Washington.
A polícia chegou aos suspeitos graças ao carro utilizado durante a fuga. Emerson usou o próprio veículo, um Escort de cor cinza, para cometer o crime. Devido à placa e a outras características do automóvel, os investigadores localizaram o mentor do crime no Morro das Pedras e o monitoraram durante alguns dias. Também foi feito um levantamento de criminosos com passagem pelo mesmo crime na região em que ele reside. De posse dessas informações, os agentes apresentaram fotografias dos potenciais suspeitos às vítimas que trabalhavam na empresa no momento do homicídio. Pelas imagens, Klaus e Geovane acabaram sendo reconhecidos.
De acordo com Talita Martins, há suspeita de que os quatro estejam envolvidos em pelo menos outros três assaltos a vidraçarias em Belo Horizonte. “Já estamos investigando a participação deles nesses outros crimes. Inclusive, o último assalto foi em outra unidade da empresa de Washington, cerca de 15 dias antes de ele ser assassinado”, explica a delegada.
À polícia, os suspeitos alegaram que atiraram contra o empresário porque ele teria reagido. No entanto, os funcionários que presenciaram o crime acreditam que o autor do disparo se assustou com a chegada de Washington, que estava em seu escritório no momento do assalto, e ao perceber a presença de pessoas armadas, questionou o que estava acontecendo. A vítima foi atingida por três disparos e chegou a ser encaminhada para o Hospital João XXIII, mas não resistiu aos ferimentos.
Os suspeitos foram encaminhados para o Ceresp Gameleira e vão responder pelos crimes de latrocínio e associação criminosa. .