Só para se ter uma ideia, em janeiro, esperava-se um mínimo de 200mm de precipitação, e choveu pouco menos da metade. Ele acrescenta que, com o susto de 2014, quando 20% da população (cerca de 30 mil pessoas) teve que lidar com a distribuição racionada de água tratada entre agosto e outubro, os moradores passaram a consumir a água de forma mais consciente. "Além de toda a campanha que fizemos, com agentes educativos abordando os desperdiçadores e identificando vazamentos, entre outros abusos, os moradores também adotaram algumas precauções por conta própria", destaca Resende.
O Dmae chegou a receber aproximadamente 4 mil telefonemas de pessoas denunciando os desperdícios, sem falar que a maioria ainda colaborou economizando e seguindo medidas simples, como reduzir o tempo no banho, corrigir vazamentos dentro de casa, abolir mangueira para limpar passeios e calçadas ou até mesmo reutilizar a água.
ABASTECIMENTO
O diretor revela que há duas fontes de abastecimento em Uberlândia: o Rio Uberabinha, que fornece água para a Estação de Tratamento Sucupira (ETA), e o Ribeirão Bom Jardim, que fornece para a estação de tratamento de mesmo nome. Cada uma delas é responsável mais ou menos por 50% do abastecimento. "Como choveu um pouco no começo deste mês, a situação é relativamente melhor. Mas, em Sucupira, por exemplo, há uma cachoeira que tinha um volume de água impressionante e atualmente está bem reduzido", pontua. Resende diz ainda que os reservatórios são pequenos e que não abastecem a cidade por longos períodos. "Dependemos da recuperação das nascentes, dos mananciais, dos lençóis freáticos e da própria vazão do rio. E para que isso ocorra, além de revitalizar e recuperar as áreas degradadas nas nascentes, tem que chover." Segundo o diretor do Dmae, já está em fase de licitação o projeto para a construção da terceira estação de captação de água, a de Capim Branco, na cidade..