Nem cerveja nem água nem catuaba. Item de luxo na ala consciente do carnaval de Belo Horizonte é o táxi. A cada bloco, dezenas de foliões disputam com dedo em riste quem dá sinal para o próximo taxista. Seja para voltar para casa ou buscar o próximo bloco do dia, o transporte é a forma segura para quem quer aproveitar o carnaval, respeitando a Lei Seca e diminuindo o risco de acidentes.
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Não à toa, pela primeira vez, o taxista José Deusdedit decidiu ficar em Belo Horizonte e trabalhar em pleno carnaval. “Antes não tinha sentido nenhum ficar aqui”, diz, sobre a baixa demanda por passageiros anos atrás. Segundo ele, basta parar o carro em ruas próximas dos blocos para os foliões “brigarem” para ver quem vai primeiro. Nem mesmo os bêbados incomodam.
Direto de Bambuí, no Centro-Oeste mineiro, o universitário Mateus Moreira e uma turma de amigos escolheram aproveitar o carnaval na capital pela primeira vez. Hospedados no Santo Antônio, eles só saem de casa de táxi e perambulam de bloco em bloco. “Só hoje peguei táxi do Santo Antônio para o São Bento, de lá para cá (Avenida Brasil), e depois vamos voltar para o Santo Antônio”, diz ele. Além dos amigos, o motorista leva no porta-malas cinco fardos de cerveja e três pacotes de gelo para abastecer a farra dos jovens. De táxi, o administrador de empresas Nelson de Castro e a médica Jaqueline Castro preferiram deixar o carro no estacionamento e cair na folia sem ter que se preocupar com a volta para casa. “Já perdi muito amigo em acidente. Assim, a gente pode beber mais à vontade”, diz ela.
EMBRIAGUEZ
Um taxista com sintomas de embriaguez causou um acidente no Bairro Pindorama, Região Noroeste de BH, na tarde de ontem. Segundo a PM, o taxista bateu na traseira de um Onix e afirmou ter tomado uma cerveja, mas se recusou a realizar o teste do bafômetro. Pedro Moreira Rocha, de 44 anos, foi multado e encaminhado à delegacia do Detran.