Nem cerveja nem água nem catuaba. Item de luxo na ala consciente do carnaval de Belo Horizonte é o táxi. A cada bloco, dezenas de foliões disputam com dedo em riste quem dá sinal para o próximo taxista. Seja para voltar para casa ou buscar o próximo bloco do dia, o transporte é a forma segura para quem quer aproveitar o carnaval, respeitando a Lei Seca e diminuindo o risco de acidentes.
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Direto de Bambuí, no Centro-Oeste mineiro, o universitário Mateus Moreira e uma turma de amigos escolheram aproveitar o carnaval na capital pela primeira vez. Hospedados no Santo Antônio, eles só saem de casa de táxi e perambulam de bloco em bloco. “Só hoje peguei táxi do Santo Antônio para o São Bento, de lá para cá (Avenida Brasil), e depois vamos voltar para o Santo Antônio”, diz ele. Além dos amigos, o motorista leva no porta-malas cinco fardos de cerveja e três pacotes de gelo para abastecer a farra dos jovens. De táxi, o administrador de empresas Nelson de Castro e a médica Jaqueline Castro preferiram deixar o carro no estacionamento e cair na folia sem ter que se preocupar com a volta para casa. “Já perdi muito amigo em acidente. Assim, a gente pode beber mais à vontade”, diz ela.
Mas, do outro lado, nem tudo é folia. Taxista há quatro anos, Luiz Henrique Nunes Rocha reclama da dificuldade em pegar passageiros. “O trânsito está ruim e a cidade não gira. O pessoal fica todo num lugar só. Quando o bloco acaba, sai todo mundo de uma vez. É claro que não vai ter táxi para todos”, afirmou.
EMBRIAGUEZ
Um taxista com sintomas de embriaguez causou um acidente no Bairro Pindorama, Região Noroeste de BH, na tarde de ontem. Segundo a PM, o taxista bateu na traseira de um Onix e afirmou ter tomado uma cerveja, mas se recusou a realizar o teste do bafômetro. Pedro Moreira Rocha, de 44 anos, foi multado e encaminhado à delegacia do Detran.