A Região Metropolitana de Belo Horizonte ainda sofre com a crise hídrica devido ao longo período de estiagem nos últimos meses. Porém, já começa a ter um alívio em fevereiro. A média histórica para o período já foi superada em 2015. A situação serviu para aumentar ou manter os níveis dos mananciais que abastecem a capital mineira e as cidades do entorno. Nesta quarta-feira, a previsão é de temporais com volume acumulado de 10 à 20 milímetros de água. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) alerta que as precipitações podem vir acompanhadas por raios e rajadas de vento com velocidade entre 40 e 50 quilômetros por hora.
A instabilidade no tempo é causada por uma massa tropical úmida que está sobre o estado. “A massa de ar quente e úmida forma áreas com possibilidades de chuva. Devemos ter chuvas espaçadas em BH e cidades da Região Central. As regiões do Triângulo Mineiro e Sul de Minas devem ter atenção. Nessas áreas teremos pancadas de chuvas significativas e trovoadas”, explica o meteorologista Luiz Clemente Ladeia, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Em fevereiro, diferentes dos últimos meses, Belo Horizonte e cidades da região metropolitana tiveram mais ocorrências de chuva. “Esse quadro deve permanecer durante três a quatro dias, o que é muito bom para os reservatórios. Para se ter uma ideia, já estamos com 102% da média de chuva para o período”, comenta Ladeia.
A média histórica de chuva para fevereiro é de 188,4 milímetros. Neste ano, já choveu 193,5 milímetros. Em 2014, no mesmo período, BH teve apenas 12% de precipitações em relação a média histórica, o que corresponde a 22,6 milímetros.
A chuva à capital mineira em boa hora. Os reservatórios que abastecem a Grande BH continuam com níveis baixos, mas, nos últimos dias, apresentaram pequeno aumento ou mantiveram o mesmo valor. O Sistema Paraopeba se mantém em 30,4% há três dias. O Rio Manso teve uma pequena queda de 43,9% para 43,8 % de segunda-feira para esta quarta-feira. Já Vargem das Flores de seguem em 30%. O reservatório Serra Azul continua subindo. Nos últimos três dias, passou de 7,9% para 8,1%.
A maior alta é vista na vazão do Rio das Velhas. Desde segunda-feira, passou de 20,8 metros cúbicos por segundo para 28,1 metros cúbicos por segundo.
Estragos
Mesmo sendo bom para os reservatórios, os temporais que atingem a capital mineira também vem causando estragos e transtornos aos moradores. Na segunda-feira, a chuva acompanhada de granizo, provocou quedas de árvores e de um muro de contenção de uma garagem no Bairro Sion, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Na manhã de terça-feira, vários troncos e postes ainda se encontravam em ruas da cidade, principalmente na Região da Pampulha.