Jornal Estado de Minas

Minas Gerais é o segundo estado com o maior número de acidentes com morte do país

Os dados são da pesquisa Retrato da Segurança Viária, que fez um levantamento em 2012. Entre as cidades, BH está em terceiro lugar do pais

João Henrique do Vale
- Foto: Marcos Vieira/EM/D. A Press

Os dados de acidentes com mortes em Belo Horizonte é preocupante. A capital mineira está em terceiro lugar do país como o município com maior índice de ocorrências com óbitos por 10 mil habitantes. O índice da cidade é de 22,5, atrás apenas de Fortaleza, com 27,1, e Recife, com 34,7. Minas Gerais está em segundo lugar em comparação entre os estados. Os números são da pesquisa Retrato da Segurança Viária divulgada nesta quarta-feira. O levantamento mostra os parâmetros entre 2001 e 2012.

Em 2012, conforme a pesquisa, 45,7 mil pessoas morreram no trânsito, o equivalente a uma morte a cada 12 minutos. A Região Sudeste é que apresentou o maior número de óbitos, com 16.133.
São Paulo e Minas Gerais lideram o número de mortes no país, com 7.256 e 4.654 cada. Entre 2001 e 2012, todas as regiões do país sofreram aumento em seus indicadores. O Sudeste foi de 18,0 óbitos por 100 mil para 19,8/100 mil habitantes.

O número de mortes segue o número de habitantes de cada região. O Nordeste segue em segundo com 13.522 óbitos; depois vem o Sul, com 7.653; Centro-Oeste, com 5.587; e Norte, com 3.794. Os estados também seguem a mesma linha.

Minas Gerais

As cidades que apresentam a maior taxa de acidentes com óbitos por 100 mil habitantes em Minas Gerais são Curvelo, com índice de 86,7/100 mil habitantes; Itaobim, 81,1/100 mil hab; e Manhuaçu, com 77,3/100 mil hab. As que apresentaram os menores números foram Lagoa Santa, com 1,8/100 mil hab; Caeté, com 2,4/100 mil hab; e Minas Novas, com 3,2/100 mil hab.

Grupo de risco

O levantamento mostra que os motociclistas são as principais vítimas de acidentes com mortes. De 2001 a 2012, as ocorrências com motos cresceram 140%, passando de 15% para 36%. Entre usuários de automóveis, a proporção se manteve praticamente estável, de 30% para 31% e, entre pedestres e ciclistas, diminuiu de 52% para 30%.

O levantamento foi elaborado a partir do cruzamento de dados de fontes como a Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), da Confederação Nacional do Transporte (CNT), do Datasus – Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e da Organização Mundial da Saúde (OMS)..