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Estado de Minas

Secretaria Municipal de Saúde admite falta de Benzetacil em unidades de saúde de BH

De acordo com o órgão, problema é causado pela falta de matéria prima para a produção do medicamento em todo o país. Um estoque do produto é reservado para tratar gestantes com sífilis


postado em 20/02/2015 16:31 / atualizado em 20/02/2015 18:49

A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) de Belo Horizonte admitiu a falta do medicamento benzilpenicilina benzatina – conhecida popularmente pela marca Benzetacil – para o tratamento de pneumonias e infecções na garganta nas unidades de saúde da capital. De acordo com o órgão, foram abertas três licitações para a aquisição do produto no ano passado, mas nenhum fornecedor apresentou proposta, o que provocou o desfalque no estoque do medicamento na cidade.

O problema, segundo a secretaria, é gerado pela falta de matéria prima para a produção de antibióticos à base de penicilina na indústria farmacêutica em todo o país. “A SMSA realizou em 2014 três pregões eletrônicos, sendo o último deles no dia 28/10, mas a licitação foi deserta, ou seja, nenhum fornecedor apresentou proposta”, informou o órgão em nota. Segundo a instituição, está previsto um novo processo licitatório para tentar adquirir o produto, mas ainda não há data para que isto ocorra.

Ainda de acordo com a secretaria, o município mantém um estoque de benzilpenicilina benzatina para tratar gestantes com diagnóstico de sífilis, já que neste caso não há outras alternativas terapêuticas para combater a doença. “Para as demais patologias tratadas com Benzilpenicilina, há disponível na Rede SUS-BH outros medicamentos substitutos. No caso de faringite, a Rede SUS-BH disponibiliza gratuitamente Amoxicilina, Amoxicilina e clavulanato e Azitromicina”, afirma o órgão.

A falta do antibiótico nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) em Belo Horizonte foi denunciada por pacientes ao em.com.br. Eles afirmam que estão enfrentando problemas para encontrar o medicamento nos últimos dias. A jornalista Larissa Scarpelli foi diagnosticada com faringite há uma semana e não encontrou o medicamento, que seria o mais eficaz em seu caso. Ela procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) São Francisco. Segundo a mulher, o médico informou que o remédio não é mais distribuído nem pelo SUS, nem pelos hospitais particulares. “O médico disse que era uma mudança no laboratório que produzia o medicamento e o SUS não estava mais comprando”, explica. Desde então, Larissa tem se tratado com amoxilina mais clavulanato de potássio, uma versão mais potente e mais cara do antibiótico receitada pelo profissional.

Um morador do Centro de Belo Horizonte também revelou não ter encontrado a Benzetacil nos últimos dias no Posto de Atendimento Médico (PAM) Sagrada Família e no Centro de Saúde Oswaldo Cruz, no Barro Preto. “Os postos informaram que chegam poucas doses, no máximo três”, explica. Ele precisou comprar um frasco por R$ 12 em uma farmácia e a medicação foi aplicada em um posto de saúde.

Procurada, a Secretaria de Estado de Saúde informou que não consta em seus registros a falta da benzetacil injetável em Minas Gerais e que o serviço está funcionando normalmente.
(Com informações de Cristiane Silva)


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