Jornal Estado de Minas

Manifestação de caminhoneiros na BR-381 continua na noite deste domingo

Dois pontos da rodovia estão parcialmente interditados, em Igarapé, na Grande BH, e em Oliveira, na Região Centro-Oeste do Estado. Protesto contra a alta no preço do diesel e pedindo por um aumento no valor do frete não tem previsão para terminar

Rodrigo Melo

Caminhoneiros também fecharam outro ponto da rodovia, em Igarapé, na Região Metropolitana da capital - Foto: Edésio Ferreira/EM/D. A Press

A manifestação de caminhoneiros que fecha parcialmente dois pontos da BR-381, em Igarapé e Oliveira, desde a manhã deste domingo segue até por volta das 21h. Os trabalhadores interditaram partes da rodovia, na altura dos quilômetros 513 e 617. Em Igarapé, na Grande BH, houve confronto com outros caminhoneiros que tentavam furar o bloqueio. Já em Oliveira, na Região Centro-Oeste do Estado, o protesto foi pacífico.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que foi ao local para tentar negociar com os manifestantes, até as 21h as vias continuavam bloqueadas e os congestionamento nos dois pontos chegou a cerca de 20 quilômetros. O protesto é contra a alta no preço do diesel e pedindo por um aumento no valor do frete. Não há previsão para o fim da mobilização.

Ainda conforme a PRF, os caminhoneiros estão com os veículos no acostamento e interditando uma das pistas da via, em ambos os sentidos, impedindo veículos de carga de passar. Ônibus, veículos de passeio ou com cargas perecíveis e ambulâncias transitam normalmente pela outra pista.

Apesar de informações de que o protesto é organizado pelo Sindicato dos Caminhoneiros, não há lideres no movimento para negociar a liberação da via. Os policiais encontram dificuldades na tentativa de desbloquear a rodovia.
O Sindicato Interestadual dos Caminhoneiros informou que a manifestação partiu dos próprios motoristas.

De acordo com os motoristas que participam do protesto, também na BR-381, em Igarapé, na Região Metropolitana da capital, o litro do diesel aumentou antes o carnaval de R$ 2,65 para R$ 2,90. Além disso, o valor do pedágio teve alta gradativamente nos últimos anos, o que revolta os caminhoneiros.

Atualmente, o pedágio custa R$ 1,75 e a taxa é cobrada proporcionalmente ao número de eixos de cada caminhão. Alguns veículos somam até seis eixos. Os profissionais ainda reclamam de inflação em preços de restaurantes às margens das rodovias, borracheiros e pneus.
(Com informações de Luana Cruz)

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